Durante as minhas pesquisas, e sobretudo no período da
adolescência, deparei-me inúmeras vezes com a questão dos feitiços.
Sempre duvidei que resultasse, mas nem isso me fez desviar
da tentação de experimentar. Pelo contrário, uma vez que julgava que não iria
ter qualquer repercussão, parti do princípio que mal não faria.
O que daí adveio é que me surpreendeu.
Falo disso agora porque considero ter sido uma parte
importante da aprendizagem. Como acredito que o destino está nas nossas mãos, a
determinada altura pensei que esta seria uma forma tão válida como qualquer
outra de agir sobre o meu.
Tive o cuidado de salvaguardar os outros. Ou, pelo menos,
penso que sim. Excepto os que me são mais próximos e que por isso podem sofrer
directa ou indirectamente com aquilo que faço na minha vida, não tenho
conhecimento de que alguma outra pessoa tenha sido afectada. E lá experimentei.
O que aprendi com as minhas experiências foi que
- SIM, os feitiços funcionam
E ao mesmo tempo
- NÃO, eles não são a solução para os nossos problemas
Porque os resultados de um feitiço não são literais e, no
fim, podem deixar-nos numa situação ainda pior. Falo disto para que sirva de
exemplo a quem pondera fazer uso de tal “arte”. É a tal coisa de se eu soubesse o que sei hoje!...
Para ser mais concreta, eis um exemplo:
- Em determinada altura, cansada de procurar soluções, fiz
um feitiço para conseguir que o meu ordenado aumentasse para 1.200€. Ao fim de
dois meses era isso que eu tinha. Mas não o meu ordenado apenas. O meu e o do
meu marido juntos somavam isso. Na verdade representou um decréscimo de 400€ em
relação à situação anterior.
Podia dar-vos outros exemplos (não muitos, que não fiz assim
tanta parvoíce), mas julgo que este é o suficiente. Ilustra bem o que eu queria
dizer. O feitiço resultou, não posso negar. Só que no sentido inverso.
E todas as pessoas que já ouvi dizer que fizeram feitiços
obtiveram resultados semelhantes. Nunca ninguém relatou ter recebido
exactamente aquilo que pediu. Há sempre um senão.
Porquê? Não faço ideia!
Talvez porque assim tenha que ser. Talvez porque o objectivo
seja esforçarmo-nos para atingir os nossos objectivos e não usar de artimanhas
para cortar caminho. Não sei.
O que sei é que este não é o caminho. E espero que quem
possa estar a ler estas palavras não precise de o colocar em prática para o
perceber.
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