Como já mencionei, o meu passado é católico. Só em doutrina,
deixando a prática ao critério de cada um. Não sei dizer se a minha mãe reza
antes de dormir ou se o meu pai se vai confessar. Somos um tanto avessos a manifestações públicas de algo que consideramos do mais íntimo. E pode parece
hipócrita da minha parte estar a dizer tal
coisa enquanto mantenho este blog, mas acredite, é apenas maneira de ser...
Logo em pequena, como tantas crianças, passei pela fase de
ter medo do escuro e dos barulhos. Sei lá eu porquê, na minha cabeça os passos
que ouvia à noite no corredor pertenciam a um índio. E como julgava que os
fantasmas só vinham incomodar os vivos (e fazer-lhes maldades), fechava bem os
olhos e mantinha-me muito quietinha para que eles pensassem que eu estava
morta. Assim iam-se embora, era a minha lógica.
Quando me apercebi do conceito de Deus comecei logo a questioná-lo. Se ele é
bom, qual o motivo de acontecerem coisas más? Se ele é que põe e dispõe de tudo
e todos, porque permite que existam seres maus? Porque deixa crianças passarem
fome e outras privações? Porquê? Porquê? Porquê?
Fui aceitando umas vezes melhor e outras pior aquilo que
familiares e demais educadores me ensinavam. Só que mantive a insatisfação de respostas incompletas.
familiares e demais educadores me ensinavam. Só que mantive a insatisfação de respostas incompletas.
Até que a adolescência chegou e finalmente aceitei que os
adultos não tivessem resposta para tudo.
Então abandonei por completo a ideia que tinha criado de
Deus. Só não consegui deixar de parte a imagem a que o associava.
Comecei a pesquisar outras doutrinas. Nenhuma de forma
extensiva porque em cada uma delas chegava a um ponto em que, por considerar
demasiado absurdo ou demasiado forçado, percebia que não ia encontrar o que
procurava.
Hoje posso dizer que em cada uma encontro o seu quê. Se
conseguirmos olhá-las com bom-senso podemos ver algo que faça sentido em todas
elas. E todas elas nos podem ajudar a crescer.
Desta forma posso dizer que há aquelas com que “simpatizo”
mais e outras menos. Não há, porém, nenhuma que possa dizer que não é válida.
Assim, convido a todos a participarem nesta viagem sem preconceitos pelas
crenças alheias que possam aqui ser mencionadas. O meu objectivo passa muito
longe de enaltecer certo dogma ou denegrir outro.
E você, o que pensa das várias doutrinas que existem?
E você, o que pensa das várias doutrinas que existem?
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