Na minha opinião é mais complicado do que parece definir ao certo o que é um Guia
Espiritual. De facto existem inúmeras possibilidades e a verdade acaba por ser
distinta para cada um de nós. Tem que ver, acima de tudo, com as nossas crenças
e a nossa acepção do mundo.
Literalmente falando, o guia espiritual é aquele que ajuda o
ser humano na sua evolução espiritual. Mas quem é esse guia?
As respostas podem ser muitas.
Um guia espiritual pode ser uma figura ou até um conjunto de
ideias. Por exemplo, a Bíblia em si mesma pode ser tida como um guia
espiritual. E como a Bíblia, qualquer outro texto de carácter religioso ou
filosófico.
Quanto a “figuras”, como mencionei acima, podem estas
tratar-se de figuras terrenas ou não. E se de entre as terrenas é fácil
identificar umas quantas, as restantes é mais complicado.
Começando pelas primeiras, cada religião ou filosofia tem as
suas. Padres, o Papa, Rabis, Gurus, o Dalai-Lama e tantos que todos nós
sabemos. Indo mais longe, as figuras históricas associadas, como Cristo, ou
Buddha. Não precisamos de acreditar que Cristo nasceu mesmo do Espírito Santo
para aceitar a mensagem que nos quis transmitir!
De entre estes guias do mundo espiritual, podemos considerar
pelo menos quatro hipóteses – falecidos que interagiram connosco nesta vida
(familiares, amigos, conhecidos), espíritos em geral (sem qualquer ligação
directa com a pessoa), espíritos ditos superiores (anjos e afins) e nós
próprios!
Como assim, nós próprios?
Bom, se somos seres espirituais, existe uma parte de nós que
apreende o mundo enquanto espírito e não pelos cinco sentidos ou simplesmente
pela razão. Talvez seja uma parte do subconsciente, talvez a intuição, talvez
algo completamente à parte. Mas está lá. Já nasce connosco; aquela parte de nós
que nos faz questionar a existência, a origem das coisas, a sua razão de ser.
Ah, mas como é que nós podemos ser os nossos próprios guias?
E quem mais é que é? Tirando algumas pessoas extremamente
influenciáveis, no fundo, e em última instância, somos sempre nós. A Bíblia ou
o Corão dizem exactamente o mesmo a quem quer que os leia. Mas cada um vai
interpretá-lo à sua maneira, certo? O mesmo acontece com dois fiéis a ouvir a
mesma missa.
Quem assimila, processa e interioriza somos nós,
independentemente da fonte. E o resultado é distinto, variável na evolução de
cada um. Portanto, podemos ter os guias que entendermos; o guia supremo seremos
sempre nós.
Quer conhecer o seu?
Quer conhecer o seu?
Sem comentários:
Enviar um comentário