Já aqui falei na paz interior, mas pretendo hoje ser mais
concreta dando algumas "linhas de orientação" para a atingir. Não será um
exercício em particular, mas apenas um conjunto de atitudes a mudar. Só isso já
vai ajudar muito!
- Aceitação
- Perdão
- Moral
- Equilíbrio
- Prioridades
Mas acima de tudo, e antes de mais, deve estar preparado
para efectivamente mudar a sua
maneira de ser. Ou nada do que fizer terá qualquer resultado.
Mesmo que a mudança pareça assustadora, ou que até seja de
alguma forma dolorosa, devemos ter a coragem de aceitar o que experimentamos e
podermos a partir daí evoluir. A aceitação
vale ainda para o que nos é alheio, nomeadamente para os outros.
Muitas vezes nos aborrecemos com aquilo que outros dizem ou
fazem. E de que é que isso nos vale? E quem não nos diz que não somos nós que
estamos a ver as coisas de uma forma errada? No fundo nunca vamos saber ao
certo o que é que motiva as outras pessoas a ser como são. Então temos duas
hipóteses – ou aprendemos aceitar e a lidar com isso ou simplesmente nos
afastamos. E em relação a nós mesmos o processo é idêntico. Ou aceitamos as
nossas facetas menos boas, ou procuramos melhorá-las. Só não vale a pena é continuarmos
a aborrecer-nos por isso.
A partir do momento em que começamos a aceitar as falhas
podemos também aprender a perdoar.
Assim como um pai perdoa um filho por fazer qualquer traquinice, devemos nós
perdoar as falhas humanas – dos outros, mas em particular as nossas. Nunca
conseguiremos viver em paz se não nos libertarmos da culpa de um dia termos
errado. E só a partir do momento em que verdadeiramente nos perdoamos é que
podemos dizer que aceitámos essa parte da nossa vida.
Aceitar-se e perdoar-se requer ainda um elevado sentido de moral. Saber reconhecer o certo e o
errado e ser fiel àquilo em que acredita e que diz. Algo cada vez mais raro,
por isso cada vez mais valioso. No fundo não se trata de seguir uma série de
preceitos instituídos por um credo, mas de respeito próprio. E quanto mais
respeito tiver por si mesmo mais respeito irá atrair da parte dos outros, logo,
menos problemas com que lidar. Meio caminho andado para a tão desejada paz interior!
E para saber reconhecer aquilo que é, no seu ver, o mais
correcto, necessita ainda de uma dose de equilíbrio.
Para isto basta reflectir bem naquilo que se passa e naquilo que queremos
alcançar. Pesar prós e contras, pensar nas possíveis consequências dos nossos
actos, e equilibrarmos a balança de forma a fazer o melhor para todos.
Conseguir alcançar esse equilíbrio passa também por saber
estabelecer as suas prioridades,
reconhecer aquilo que é realmente importante para si. Sem definir aquilo que
lhe importa, continuará a perder o seu tempo com coisas que não o vão ajudar a
evoluir e muito menos a sentir-se bem. Se não se sentir bem, como é que
pretende viver em paz?
Como vê, este não foi um exercício prático nem nenhuma
fórmula instantânea para alcançar a paz interior. São meras orientações, mas
que postas em prática conseguem mais resultados do que se pensa.
No fundo toda a evolução espiritual é assim – bem mais
simples do que parece. Sem rituais mágicos nem acontecimentos extraordinários,
a não ser as mudanças que operam dentro de nós mesmos.
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