Ideias #4

"Volta teu rosto sempre na direcção do sol e então as sombras ficarão para trás." 

Provérbio Oriental 


sombra do espirito



Budismo

Religião e/ou filosofia, o Budismo comporta um conjunto de crenças e práticas transmitidos por Buddha (iluminado), ou Siddhartha Gautama, o príncipe que abdicou da riqueza e conforto para ir em busca da essência da vida. A melhor designação que lhe poderemos dar será a de Caminho de Crescimento Espiritual, uma vez que os termos anteriores não designam a totalidade do que é o Budismo. 

Apesar de haver quatro distintas escolas de Budismo, em comum têm as Três Jóias:
- Buddha - o mestre
- Dharma - ensinamentos com base nas leis do Universo. Através da sua prática aprendemos a pacificar e controlar os nossos estados mentais.
- Sangha - comunidade budista


De entre os principais ensinamentos do Budismo destacam-se:

Karma – princípio de que toda a acção tem uma reacção. Implica a prática do Sila, ou seja, a virtude, a moral, de forma a evitar um mau karma.

Samsara – uma continuação dinâmica da vida, que não cessa após a morte, a reencarnação aparece no Budismo como uma mudança que se processa em função do karma. O Samsara é o ciclo das várias existências, do qual nos poderemos libertar ao atingirmos o Nirvana.

Nirvana – visto como a meta do Budismo, o Nirvana é a iluminação, a paz absoluta. Ao atingir o Nirvana o ser liberta-se totalmente de todo e qualquer condicionamento externo, bem como de qualquer karma, extinguindo o fogo das paixões e o ego. Finalmente liberta-se do Samsara.


Os primeiros ensinamentos que Buddha transmitiu depois de atingir o Nirvana são conhecidos como As Quatro Nobres Verdades. Para alguns constituem mesmo a essência dos ensinamentos:

1 - A vida como a conhecemos leva ao sofrimento, dukkha, seja de que forma for.

2 - O sofrimento é consequência do desejo, trishna, quando colocamos a nossa felicidade em algo externo.

3 - O sofrimento termina quando termina o desejo. Podemos eliminar os nossos desejos e o nosso sofrimento eliminando a ilusuão, maya, e consequentemente alcançaremos o estado de libertação do iluminado, bodhi.

4 - Esse estado conquista-se pelos caminhos ensinados por Buddha.


Um dos mais importantes princípios da prática budista é o Caminho do Meio, que como o nome indica se trata de viver a vida com moderação, encontrar o meio-termo nas nossas ideias, nas nossas práticas, nas nossas palavras.
Para o Budismo devemos desenvolver uma atitude de compaixão, benevolência, amor e comunidade com todos os seres vivos. Não devemos ferir, ofender nem depreciar nenhum deles.

O budista tem ainda ao seu alcance vários meios de conseguir alcançar a iluminação. Os mais comuns são a prática da meditação e do Yoga.


budismo

3 formas simples de contactar o seu Guia Espiritual


Sabe como contactar o seu Guia Espiritual? Precisa de umas dicas, uma pequena ajuda?
Experimente estas sugestões...

Na verdade o nosso Guia Espiritual arranja sempre uma maneira de nos fazer chegar a sua mensagem, quer nós tenhamos consciência disso ou não. No entanto não perdemos nada em tentar comunicar com ele e aprender ao máximo para melhor evoluir.

Embora tenha já apresentado aqui um exercício para contactar com o nosso Guia, certo é que existem inúmeros. Assim, hoje venho fazer uma breve apresentação de 3 das que me parecem mais simples. Espero ajudar!


Comece por relaxar corpo e mente. Sinta as imagens a surgir através do terceiro olho (aproximadamente entre as sobrancelhas).

Visualize uma luz a descer do céu na sua direcção. Essa luz entra no seu peito e preenche completamente o seu ser, a sua alma.

Olhe então em frente e verá um portal de luz. Atravesse-o e verá um belo bosque durante o crepúsculo.
À sua frente está uma árvore centenária com um buraco no tronco. Entre.

contactar guia espiritual
No interior encontra um caminho iluminado que o irá guiar dentro da árvore, descendo para o interior da Terra.
Continue a andar até ver um saída iluminada pelo céu rosado.

Ao sair repara num grande rio cristalino. Junto ao rio uma rocha em forma de trono. Sente-se e observe a névoa que entretanto se forma à sua frente. Relaxe enquanto aguarda.
Calmamente o seu Guia aparecerá de entre a névoa. Observe-o, contemple-o e deixe-o contemplá-lo. Sinta a energia que ele emana.

Após a conversa com o seu Guia ele irá levá-lo de volta para o túnel e até à entrada da árvore. Despeça-se e caminhe de volta ao portal de luz.
Volte calmamente ao seu corpo. Mexa-se devagar, abra os olhos calmamente.


2. Ao dormir

Quando for dormir coloque um copo de água na mesa-de-cabeceira.
Faça uma pequena oração ao seu Guia, beba metade da água e peça-lhe para lhe aparecer nos seus sonhos e lhe dar as respostas que você precisa que no dia seguinte irá beber a outra metade da água.

Se no dia seguinte não se lembrar de nada, não beba.
Repita todas as noites durante 21 dias.
Quando se lembrar de algum contacto como seu Guia durante o sono, então beba a outra metade da água ao acordar. Deverá acontecer antes dos 21 dias.


guia espiritual
Num local tranquilo (de preferência o mesmo todas as vezes que quiser contactar o seu Guia) comece por fazer uma simples meditação de foco na respiração.
Quando se sentir relaxado envolva-se em luz branca e peça protecção divina (não importa qual a divindade em que acredita, apenas peça).
Continue a relaxar e permite que quaisquer pensamentos que venham à sua mente se libertem com facilidade.
Quando sentir a mente tranquila peça ao seu Guia que se junte a si e lhe dê as respostas que precisa.


Atente a que muitas vezes os guias se comunicam por sensações ou símbolos, pelo que é aconselhável ter um caderno para anotar, se necessário, símbolos que não compreenda de imediato.

Conte aqui a sua experiência! Já conseguiu a comunicação?



Limpeza Espiritual

A limpeza espiritual ou energética é um tipo de cura que se centra na causa espiritual dos seus problemas. Baseia-se no conceito de que tudo é energia e, como tal, tudo influencia tudo. É um processo de conexão espiritual que nos permite retirar o excesso de energia negativa que tenhamos acumulado e renová-la. Pode, por isso, ser fundamental na nossa evolução.

Energias bloqueadas podem mesmo gerar doenças, até porque se ligam ao nosso sistema emocional e, consequentemente à nossa mente. Havendo por exemplo repressão de emoções facilmente elas se transformam em transtornos da mente (depressão e afins) ou transtornos energéticos (com a depressão vem normalmente a letargia e outras quebras de energia). Assim, torna-se essencial optar por, com alguma frequência, fazer uma limpeza mesmo quando não se é propriamente religioso ou espiritual. Certo é que a mesma só trará benefícios.

limpeza espiritual

A limpeza espiritual pode ser feita não só sobre o ser humano. Já que tudo é energia, tudo pode absorver e acumular energias negativas, logo tudo pode ser limpo. E além de servir para desbloquear energias, pode também a limpeza ser um auxiliar contra trabalhos destrutivos e invejas.

Alguns sintomas que indicam a possibilidade de necessitar de uma limpeza espiritual:
- dor de cabeça constante sem motivo aparente;
- dor ou peso nas costas;
- enjoos e náuseas;
- constante sensação de cansaço;
- desânimo;
- pessimismo exacerbado.


Após uma limpeza espiritual sente-se de imediato uma sensação de leveza física, emocional e enérgica, bem como uma sensação de liberdade, alívio e clareza mental. Progressivamente vão-se mostrando os demais benefícios na vida em geral. Abrem-se novas portas, mostram-se novos caminhos e o optimismo é crescente.



Para um Ritual com Velas

As velas são peças básicas na comunicação com o mundo espiritual, sendo dos mais simples meios de realizar rituais, seja com que intuito for. A luz da vela carrega as forças do Universo.
Servindo de elo de ligação entre o físico e o espiritual, podem ser usadas quer para “operações mágicas” quer para a comunicação. Atentemos, no entanto, que enquanto meio de comunicação a vela pode atrair tanto espíritos superiores como espíritos inferiores, pelo que se deve ter algum cuidado na utilização das mesmas. Todas as almas são atraídas pela luz das velas.

magia velas

Preparar o Ritual

Embora a vela possa ser acesa em qualquer altura e lugar, existem alguns preceitos que podem ser tomados que ajudarão a aumentar a energia canalizada para o ritual. Comecemos, contudo, pela preparação básica.

1. Faça uma limpeza energética ao sítio onde vai realizar o ritual, em se tratando de um espaço seu, como a sua casa.

2. Escolha o lugar onde pretende realizar o ritual, nomeadamente um sítio onde a vela não incomode, já que poderá ter que ficar horas ou mesmo dias sem sair de lá, consoante o caso. E certifique-se de que se trata de um local onde não represente perigo de causar um incêndio, claro.
É conveniente que o local para o ritual seja tranquilo, onde haja o mínimo de interrupções e/ou distracções possível.

3. A vela deverá estar elevada, pelo que o ideal será ter uma mesa ou móvel com pelo menos 60/80 cm de altura. Desta forma estará a enviar um sinal de que se pretende dirigir aos espíritos de astral superior.
Convém também que nesse espaço não se encontre mais nada além dos acessórios que pretenda usar para o ritual.

4. Limpe-se de possíveis energias negativas, preferencialmente com um banho de sal grosso. Se não for possível, faça pelo menos uma limpeza das mãos.
Foque bem os seus objectivos e tenha fé nos seus resultados.

5. Prepare a vela untando-a com óleos próprios ou, em alternativa, em azeite. Enquanto o fizer mantenha-se concentrado nos objectivos que pretende alcançar com o ritual, passando assim essa energia para a própria vela.

Recomendações

1. Para um uso seguro das velas recomenda-se que proceda com reverência, respeito e fé no momento de a acender.

2. Não acenda velas pela alma de mortos dentro de casa. Poderá perturbá-los na medida em que os laços são muito fortes e os mortos se deixem ficar por cá. Isso pode vir a ter um efeito negativo quer para a sua vida quer para eles.

3. Evite visualizar situações negativas, como violência, doença ou penúria, mesmo que o seu objectivo seja aliviá-las. Concentre-se antes nas situações positivas que pretende substituam as anteriores.

4. Não apague a vela soprando-a. É uma atitude ofensiva na medida em que afasta a presença espiritual invocada.


Aumentar o poder da vela

Se pretender agilizar o resultado do ritual, tenha em atenção as cores das velas usadas, bem como a fase da lua e a hora em que o realiza. Poderá ainda utilizar óleos específicos para cada ritual, bem como acompanhar com a queima de determinados incensos.


Posteriormente irei colocar aqui um texto sobre as cores das velas, bem como os dias e fases lunares adequados a cada situação. Para já espero que este texto seja uma ajuda.



Tolerância Religiosa

Seremos nós tão tolerantes quanto pensamos? Até que ponto vai a nossa tolerância? É ela sincera?

tolerancia religiosa
Estas questões surgiram-me após assistir a uma série de debates onde, ainda que não fosse esse o intuito, a conversa rapidamente evoluiu para a discussão sobre crenças. A meu ver estes são dos debates mais complicados, até porque as razões que levam as pessoas a ter determinada crença ao invés de outra são normalmente do foro íntimo, privado, logo há sempre uma parte que não é discutida. As pessoas só se expõe até dado limite.
Ora os debates a que assisti foram, na sua maior parte, tidos entre pessoas que se diziam tolerantes. Era comum sobre um assunto dar-se uma explicação por exemplo de acordo com o catolicismo e logo a seguir outra pessoa questionar o porquê das explicações terem de ser todas dadas pelo catolicismo. Daí para começarem a discutir o sexo dos anjos (ou, no caso, o sexo de Deus) era um instante.
Ao especificar um pouco mais os motivos de ser dada esta ou aquela resposta, que nada mais tinha que ver com a crença pessoal de cada interveniente, logo as partes distintas se começavam a sentir atacadas. Sentiam que uns e outros lhes queriam impingir as suas próprias crenças e reagiam como se não estivessem os outros no direito de defender as suas convicções. Ou seja, acabava-se aí a tolerância.
Discussões simples passavam a discussões bem acesas onde por vezes chegava a haver até troca de insultos. E comummente era acusado de ignorante aquele que apenas tinha uma opinião diferente.

Pergunto-me então, e face a tais atitudes, afinal, uma pessoa que reage assim num mero debate de ideias é uma pessoa realmente tolerante? Dizer que se aceita e respeita a opinião alheia só é válido enquanto essa opinião não é contrária à nossa?
Não me parece…

Infelizmente nas últimas semanas deparei-me com bastantes casos destes, o que me entristeceu. Julgava que a nossa sociedade estava mais evoluída do que isto. Afinal, como tantas outras coisas, a tolerância religiosa que se prega é só a das aparências, porque fica bem, porque é politicamente correcto. É uma tolerância hipócrita, não sincera. E certamente isto não se passa somente no que respeita à tolerância religiosa.

Concluo, infelizmente, que continuamos a ser tão retrógrados como há 500 anos atrás. Se não formos mais!