Peça e será concedido


Hoje trago apenas um pequeno trecho do livro Peça e será concedido, de Esther e Jerry Hicks, com o intuito de reforçar o artigo Querer é Poder. Espero que ajude, caso os meus anteriores argumentos tenham sido insuficientes.


(…)
A base de sua vida é a liberdade absoluta

Você nasceu com um conhecimento natural de que você cria sua própria realidade. E, na realidade, esse conhecimento é a base interior que quando alguém atenta contra sua própria criação, você sente uma discordância imediata dentro de si. Você nasceu sabendo que você é o criador de sua própria realidade e – embora esse desejo de fazer isso pulse dentro de você de uma maneira poderosa - quando você começa a viver em sua sociedade, você começa a aceitar a realidade que outros sustentam em relação à maneira como sua vida deve ser vivida.

(…)

Talvez a questão que mais frequentemente ouvimos de nossos amigos físicos seja: Por que está demorando tanto eu chegar onde quero?

Não é porque você não queira o bastante.
Não é porque você não seja inteligente o bastante.
Não é porque você não mereça o bastante.
Não é porque o destino está contra você.
Não é porque alguém já ganhou o seu prémio.

A razão pela qual você não atingiu seu desejo ainda é porque você está segurando-se num padrão de energia que não combina com a vibração de seu desejo. Essa é a única razão – sempre! E uma coisa importante para você entender agora é que se você não parar de pensar sobre isso, ou, mais importante, parar e não sentir, você pode identificar sua discórdia.
Assim, agora, a única coisa que você precisa fazer é gentil e gradualmente, passo a passo, liberar seus pensamentos de resistência, que são os únicos fatores não permissores envolvidos. O aumento do alivio será o indicador de que você está liberando resistência assim como o aumento de seus sentimentos de tensão, ira,
frustração e assim por diante são indicadores de que você tem agregado-os à sua resistência.
(…)


Moral


Evolução espiritual não tem obrigatoriamente que ver com religião, ainda que ande muito próximo disso.
Evolução espiritual é o caminho que nos leva a aproximar da divindade, não importa qual aquela em que se crê, ou, em última instância, para um não crente, a aproximação da perfeição. Mas qual perfeição?
A perfeição moral.

Através do olhar da religião esta perfeição moral poderá ser limitada por preconceitos. É muito provável que algumas religiões considerem longe da evolução pessoas com determinados vícios ou cujas escolhas íntimas sejam contrárias à doutrina. Mas convenhamos, roer as unhas é um vício. Podemos mesmo dizer que alguém é espiritualmente pouco desenvolvido porque rói as unhas? E alguém que utiliza de métodos contraceptivos (ainda que dentro do casamento) porque a verdade é que é difícil sustentar dez filhos (os padres falam, mas não é o ouro do Vaticano que alimenta os filhos dos outros, pois não?), é pouco desenvolvido espiritualmente? E um homem que só tem virtudes (morais, claro), como a bondade e a caridade, é pouco desenvolvido por ser homossexual?

Poderia fazer muitas outras questões. Julgo, no entanto, serem estas suficientes para o que pretendia ilustrar. Pelo lado inverso, porém, posso ainda acrescentar – É o homem casado pai de dez filhos e de outros dez de mulheres diversas que foram aparecendo pelo meio do seu casamento espiritualmente mais desenvolvido do que aquele que optou por ter apenas um mas nunca traiu a mulher?
moralidade

Se a noção de moral pode ser relativa, muitos aspectos há em comum em qualquer doutrina e fora dela.
A moral que realmente importa para a evolução espiritual é a que passa por noções como o respeito pelos outros ou a entreajuda. Não precisamos de nenhum livro de regras para saber que roubar não abona a favor de quem queira esta evolução e somos inteligentes o suficiente para perceber que alguém que mata apenas para se defender não é menos digno da mesma.

Se tem dúvidas sobre o que será então a perfeição moral, o meu conselho é que medite sobre o que isso significa para si e preocupe-se menos com as opiniões alheias. Não há pergunta sobre a evolução espiritual que não possa ser respondida por si mesmo!



Querer é Poder


Já todos sabemos que o Universo é composto de mais do que os nossos sentidos apreendem, substâncias que apelidamos comummente de não físicas. É assim com as vibrações, hoje possíveis de se manifestar graças a determinadas descobertas com as ondas de rádio ou a electricidade. Muito, porém, haverá ainda por descobrir.
Através dessas vibrações podemos comunicar entre nós e com tudo o mais que haja por esse Universo fora com tal capacidade. Por essas vibrações podemos comunicar-nos com o Universo em si mesmo.
De entre as mais fortes vibrações passíveis de serem emitidas por um ser humano se encontra o Desejo. Qualquer um que já tenha desejado de forma muito forte o que quer que seja o consegue compreender. Pois o Desejo é a chave do nosso poder de alcançar a vida que pretendemos.

Não falo de um desejo simples de querer comer determinada comida, querer comprar um carro novo, querer ir de férias para determinado sítio. Não!
Falo de algo muito mais forte, de um desejo tão intenso que preenche cada partícula do nosso ser como que não o aguentássemos dentro de nós mesmos. Falo de algo difícil de descrever por palavras, mas que certamente pode ser reconhecido por quem já o sentiu ou venha a sentir. Esse é o Desejo que nos permite comungar com a nossa essência, com a essência universal que constantemente se transforma para nos fazer chegar aquilo que pedimos. Esse é o Desejo que confirma que Querer é, sem dúvida, Poder!
A quem o já sentiu, não o obteve?

poder
Nem todos conseguem realizar os seus desejos pelo mero facto de os mesmos não se manifestarem com tal grau de intensidade que a sua vibração possa emanar do ser em si. Mas tomos têm, sem dúvida, essa capacidade. Daí que muitos livros de auto ajuda insistam na ideia das afirmações pelas intenções, pois que o consideram uma forma de o ser humano conseguir interiorizar profundamente os seus desejos.
Difundem-se uma série de técnicas nesse sentido – meditações, repetições, visualizações, por aí adiante. E todas elas são válidas, claro. Acontece, porém, que boa parte das pessoas, por não verem efeitos imediatos, acaba por desistir pelo meio.

Não pretendo hoje relatar qualquer dessas técnicas, muito menos comentar ou julgar. Pretendo apenas chamar a atenção para esse pormenor que, já consegui constatar, escapa a muitos de nós. Aquilo fará a grande diferença na sua vida não é passar os seus dias a dizer vinte ou trinta vezes que tem um bom ordenado. É antes o Desejo a que os poetas chamam de ardente por esse bom ordenado, sentindo-se já a ter o prazer de possuir tal ordenado. E compete-lhe a si, não a qualquer livro que possa ler, descobrir qual a melhor forma de alcançar esse estado.



Karma


Sabe o que é o karma?
Eis uma breve explicação.

Directamente relacionado com a máxima de Acção – Reacção, tudo o que fazemos e dizemos tem consequências, assim é o Karma.
Tais consequências serão boas ou más consoante as nossas acções são, também elas, boas ou más. No, entanto, há uma tendência ocidental generalizada de ver o Karma somente pelo lado negativo.

carma

Desengane-se!
Ou bem que acreditamos no Karma, ou bem que não acreditamos. Assim, se a nossa crença é que hoje sofremos um mal que outrora fizemos, então o bem que fizemos tem que nos ser igualmente retribuído.
Parte boa é que assim podemos "escolher" o Karma futuro; ou seja, podemos escolher fazer o bem para receber o bem e não o inverso.
É uma decisão exclusivamente nossa.

Para ter bom Karma basta então mudarmos as nossas atitudes.
Não pensar pelo lado de que é melhor não tomar determinada atitude para não sofrer posteriormente consequências negativas, mas pensar pelo lado positivo:
 – o que é que eu quero receber na minha vida? É isso que vou dar à vida – o que é o melhor para mim.

Não importa aqui se está a agir como resposta a alguma atitude que outros tenham tido para consigo e que possa não ser das melhores. Na verdade, o melhor aí é nem dar resposta. Fique seguro que, com o tempo, o Karma dessa pessoa lhe levará a retribuição.
Em querer ainda assim responder, faça-o pelo lado positivo e não pelo da vingança, que obviamente não lhe trará nada de bom.

Se reparar bem verá que as pessoas espiritualmente mais desenvolvidas têm uma atitude positiva perante a vida.
O optimismo permite a evolução e o triunfo na medida em que são pessoas que, perante uma adversidade, ao invés de se lamentarem, procuram ver que benefício podem daí colher e que oportunidades isso lhes pode trazer para melhorar. Essas são pessoas que levam à letra a máxima de que querer é poder!

Não quer a sua vida recheada do mesmo?

Então ponha mãos à obra!
Controle os seus pensamentos, esqueça a palavra não, deixe de lado as críticas, aja apenas como pretende que outros ajam consigo.
Atraia bom Karma e estará assim a atrair também a sua própria evolução.




Reencarnação - o Caso Shanti Devi

Este é parte de um texto retirado do blog Espiritismo a Sério. Transcrevo-o por dar uma boa perspectiva do tema da reencarnação.

Shanti Devi

(...) Shanti Devi nasceu em 1926, na antiga capital da nação, Delhi.(...) Quando chegou à idade de três anos, seus pais se divertiam muito porque, repetidamente, ela falava a respeito de seus maridos e seus filhos.
- Ela vai se casar cedo - brincou o pai - Precisamos ir preparando o dote. Até já comprei uma pulseira de ouro para o dia das bodas.
- Fico muito satisfeita com o que ela diz, pois é uma prova que vê que somos felizes, e quer ter uma vida igual à nossa - observou a mãe.
À medida que iam passando os meses, Shanti falava cada vez mais sobre o “marido” e os “filhos”. Sua teimosia em se apegar àquilo, em vez de se interessar pelos assuntos que dizem respeito às criancinhas, acabou preocupando os pais.
- Quem é esse marido de quem você tanto fala? – perguntou-lhe a mãe.
- O nome do meu marido é Kedarnath – respondeu a menina, sem hesitação. – Ele mora em Mutra. A nossa casa é de estuque amarelo, com enormes portas em arco e janelas de treliça. O nosso jardim é grande e cheio de cravos-de-defunto e jasmins. Grandes galhos de buganvília vermelha sobem pela casa. Muitas vezes nós nos sentávamos na varanda, olhando o nosso filhinho brincar no chão ladrilhado. Nossos filhos ainda estão lá com o pai.
Os pais de Shanti foram ficando cada vez mais preocupados. Perceberam que não se tratava de uma criança normal. Com medo de que a filha estivesse louca, levaram-na ao médico da família.
O Dr. Reddy, que fora alertado sobre o problema, assegurou aos pais que Shanti era uma criança normal e muito inteligente, que inventara aquelas conversas para chamar a atenção. Com a vantagem que lhe dava a sua qualidade de médico, iria fazê-la confessar que inventara aquelas fantasias - prometeu.
Shanti, metida em seu pequeno sari, sentou-se na dura cadeira de madeira do médico e cruzou os braços, enquanto respondia às perguntas do Dr. Reddy. Repetiu tudo o que dissera antes aos pais.
-Então, como é que você não passa de uma menininha? - perguntou o médico.
-Sabe de uma coisa?-retrucou Shanti.- Eu me chamava Ludgi e morri há cerca de um ano, quando dava à luz outro filho.
O médico e os pais entreolharam-se.
- Continue – convidou o Dr. Reddy. – Conte tudo mais.
- A minha gravidez foi difícil desde o começo – continuou a menina. – Não me sentia bem, e quando vi que se aproximava o dia, comecei a ter medo de não estar em condições. Sentia-me cada vez pior, e, quando ocorreu o parto, a criança estava em posição invertida. Ela escapou, mas eu morri.
A todas as perguntas do médico, a menina dava respostas pertinentes.
Shanti foi levada para fora do consultório por uma enfermeira, enquanto o Dr. Reddy conversava com os pais. Era de todo impossível – concordaram - que aquela filha única, educada com tanto recato, tivesse em mente tão impressionantes pormenores de uma gravidez difícil.
Nos quatro anos seguintes, os alarmados pais levaram Shanti de um médico a outro. Todos eles ficavam estupefatos, sem encontrar explicação para o caso.
Quando a menina tinha oito anos, seu tio-avô, o Professor Kishen Chand, resolveu tomar o problema em suas próprias mãos.(...)o professor escreveu uma carta, contendo perguntas pertinentes, e enviou-a ao endereço que Shanti tantas vezes mencionara durante os interrogatórios.
Quando a carta chegou a Mutra, foi aberta e lida por um estupefato viúvo chamado Kedarnath. Os fatos eram estarreedores, pois, na verdade, ele ainda estava sofrendo com a perda de sua esposa. No entanto, embora fosse um devoto hindu, não podia admitir que Ludgi tivesse renascido e vivesse em Delhi, lembrando-se nitidamente de sua vida em comum.
Desconfiado de algum plano sinistro, talvez visando lesá-lo, Kedarnath escreve a um primo, o Sr. Lal, que morava em Delhi, pedindo-lhe para entrar em contato com Shanti e sua família. O primo, que estivera muitas vezes em casa de Kedarnath quando Ludgi estava viva, poderia interrogar a criança, para provar que ela era uma impostora e seus pais desprezíveis chantagistas.
Pretextando negócios, Lal marcou um encontro com Devi em sua casa. Quando lá chegou, Shanti, que tinha então nove anos, estava ajudando a mãe a preparar uma sopa de legumes, e foi abrir a porta para o visitante.
A Sra. Devi ouviu um grito abafado e foi ver o motivo. Shanti atirara-se aos braços do estupefato visitante.
-Mamãe!-exclamou, soluçando de emoção.- Este é um primo de meu marido. Morava não muito longe de nós em Mutra e depois se mudou para Delhi. Estou tão alegre de vê-lo! Entre, entre!- acrescentou, dirigindo ao recém-vindo. – Quero saber notícias de meu marido e de meus filhos.
Naquele momento, apareceu Devi, todos os quatros entraram e iniciaram a mais incrível e agitada das conversas. Lal confirmou todos os fatos que Shanti vinha contando há anos. Havia, realmente, um Kedarnath que se casara com uma jovem, Ludgi. Sua esposa tivera dois filhos, pelo mais moço dos quais tinha uma predileção acentuada, até que morreu de parto, quando ia ter o terceiro. Shanti concordava, com uma indicação de cabeça, enquanto Lal falava.
O professor Chand foi chamado para se juntar ao grupo, e cooperar para que fossem tomadas as providências adequadas. Ficou decidido que Kedarnath e o filho predileto iriam a Delhi, como hóspedes dos Devi.
Quando chegaram, o filho de Kedarnath quase foi derrubado pela menina, menor do que ele, que tentava carrega-lo e o cobria de beijos, chamando-o pelos apelidos carinhosos, que o menino já havia quase esquecido. Quanto a Kedarnath, Shanti o tratou como se fosse uma adulta, como uma esposa submissa, fazendo questão de servi-lhe queijo e biscoitos, com os mesmos modos cerimoniosos característicos de Ludgi. Os olhos de Kedarnath encheram-se de lágrimas. Comovida, Shanti procurou consolá-lo, com palavras carinhosas, que somente Ludgi e o marido conheciam.
Apesar da insistência de Shanti, Kedarnath negou-se a deixar o filho com a família Devi. No fundo, aterrorizados com os estranhos acontecimentos, pai e filho regressaram a Mutra, a fim de refletirem sobre o caso.(...)
Chegou-se à conclusão de que o mais aconselhável seria levar Shanti a Mutra, e mostrar-lhe a casa onde ela afirmava ter vivido e morrido.
Um pequeno grupo tomou o trem, rumo a Mutra: Shanti, seus pais, Gupta, um advogado chamado Tara C. Mathur, assim como cientistas, repórteres e outras pessoas gratas.
Quando o trem chegou à estação, Shanti deu um grito de alegria e começou a acenar para várias pessoas que se encontravam na plataforma. Explicou, corretamente, quais eram os pais do seu marido. Depois de descer do trem, conversou com eles, fazendo perguntas pertinentes, e falando não o hindustani, que havia aprendido em Delhi, mas o dialeto da região de Mutra.
Os viajantes vindos de Delhi entraram nos carros que os esperavam, e começou uma das provas mais decisivas: saber se Shanti conhecia o caminho de sua suposta casa. Obedecendo às instruções da menina, seguiram por ruas estreitas e tortuosas, assustando os pedestres e as vacas sagradas que dormiam pacatamente nas portas das casas. Por duas vezes, Shanti hesitou antes de ensinar o caminho, pedindo que lhe desse algum tempo para refletir, mas indicou, afinal, em ambos os casos, a direção correta.
Enfim, mandou parar.
-A casa é esta – disse - Mas a cor é diferente. No meu tempo, era amarela. Agora é branca.
Não podia haver dúvida. Kedarnath e seus filhos, porém, já não moravam ali, e os novos ocupantes negaram-se a deixar a comissão examinar o prédio.
A pedido de Shanti, ela foi levada à casa onde Kedarnath passara a residir. Lá chegando, chamou os dois meninos pelo nome, mas não reconheceu a criança cujo nascimento custara a vida de Ludgi.
Em seguida, Shanti foi à casa da mãe de Ludgi, uma velha que ficou confusa e aterrorizada com aquela menina que agia como Ludgi, falava como Ludgi e sabia de coisas que só Ludgi conhecia. No entanto, ainda chorando a morte da filha, lembrou todos os detalhes de seu falecimento e dos funerais.Era demais, para a mente perplexa e cansada da velha.
Quando perguntaram a Shanti se nada mudara na casa de sua mãe, ela respondeu prontamente que não estava mais vendo o poço. Gupta mandou escavar o local que ela indicou, e foi realmente encontrado um poço, coberto com tábuas e cheio de lama.
Kedarnath perguntou a Shanti o que Ludgi fizera com vários anéis que ela escondera antes de morrer. Shanti respondeu que ela os pusera em um pote, que enterrara no jardim da casa em que moravam.A comissão de investigação encontrou, realmente, as jóias no local indicado por Shanti. (...) Evidentemente, Shanti não podia assumir o papel de mãe de meninos mais velhos do que ela, e seu amado Kedarnath aproximava-se dela com apreensão, e não com afeto.
Shanti compreendeu que estava vivendo em dois mundos e que, embora se sentisse atraída pelo passado, esse era mais penoso e difícil que o presente. Aceitando o conselho de outros, aos poucos, com esforço e sofrimento, afastou-se de sua família de Mutra e tratou de viver como uma jovem em Delhi.
Em 1958, cerca de um quarto de século mais tarde, um operoso repórter reabriu o seu caso. Encontrou Shanti levando uma vida tranqüila e discreta, como funcionária pública em Delhi. Jornais em todo mundo relembraram o caso, mas Shanti negou-se a fornecer novos esclarecimentos.
- Não quero reviver minhas vidas passadas, seja esta, seja minha existência anterior em Mutra – disse ela. – Foi muito difícil para mim dominar a vontade de voltar à minha família. Não desejo reabrir aquela porta fechada.
O Professor Indra Sem, da Sri Aurobindo Ashram (Retito Sagrado), de Pondicherry, tem toda a documentação do inexplicável caso de Shanti Devi. Os cientistas e letrados que estudaram o caso só puderam dizer, com certeza, duas coisas: uma menina, nascida em Delhi, no ano de 1926, sabia de fatos positivos acerca de uma mulher que morreu em 1925, e forneceu informações minuciosas e corretas acerca da família da morta e da cidade de Mutra, situada a muitas centenas de milhas de distância.”


shanti devi

Conheça o seu Guia

Se ainda não teve qualquer contacto com o seu Guia Espiritual, que tal começar agora?

Hoje apresento um exercício prático para que possa comunicar com o seu Guia. Aprendi-o há uns anos através de um livro que infelizmente não posso citar porque não era meu e não me recordo do autor nem do título.
Já agora apelo, caso alguém reconheça, que me indique a fonte para eu a poder aqui incluir.
Vamos então ao exercício:

Sente-se ou deite-se confortavelmente.
Feche os olhos; descontraia.

Veja o céu estrelado. Nada mais existe à sua volta que não o céu estrelado.
Relaxe. Respire.

Procure encontrar uma Igreja (Catedral, Sinagoga, como preferir). 
Defina-a na sua mente. Observe-a bem e dirija-se a ela.
Entre.

Este é o seu espaço pessoal. A sua própria Igreja, onde está protegido. Aqui só entra quem você deixar.
noite

Observe o interior da Igreja e continue a relaxar. Observe o ambiente e a maneira como se sente aí.

Volte-se agora para o seu lado esquerdo e procure uma porta. Pode até haver mais do que uma, mas procure pela que emanar uma luz do seu interior.

Dirija-se a essa porta e abra-a. Aí encontrará o seu Guia, que pode já lá se encontrar ou pelo qual deva chamar.

Pode ser que o consiga ver bem definido ou pode ser que lhe veja apenas o contorno. Não há problema. Há-de chegar a altura em que o conseguirá ver melhor.


Para alguns a comunicação surge em forma de símbolos. Para outros é perfeitamente perceptível a voz do Guia. Ainda outros recebem a informação directamente na sua mente.
Se for este o seu caso, não se preocupe por enquanto em distinguir se é mesmo o seu Guia a falar consigo ou se é apenas a sua imaginação. Com a prática há de chegar uma altura em que conseguirá distinguir bem uma coisa e outra.

guia

Terminada a conversa despeça-se, imagine-se a voltar para casa e devagar vá abrindo os olhos e mexendo-se. Só não se levante de repente.

Recorde o que sentiu quando viu e quando entrou na Igreja. Isso é um indicador importante sobre como se sente consigo mesmo. Pode até ser uma forma de se aperceber daquilo que deve trabalhar.

Se lhe parecer útil, arranje um caderno e vá anotando o que acontece nestas comunicações. O que é dito, o que vê, o que ouve, tudo. Pode ser útil mais tarde, caso venha a verificar mudanças.

Agora já sabe o caminho. Pode fazê-lo quando entender. Desfrute!


Comunicar com Espíritos


O tema de comunicar com o seu Guia Espiritual foi já abordado anteriormente. No entanto ficou a lacuna de distinguir esse tipo de comunicação com a comunicação com espíritos em geral. 

Não é, de todo, a mesma coisa, importa salientar.


Existem formas específicas de contactar os guias espirituais (refiro-me aos que não são deste plano, por certo), mas existem muitas mais formas de contactar os espíritos que podem, ou não, ser uma forma de falar com os ditos Guias.
Posteriormente pretendo dar alguns exemplos de comunicação com os Guias. Para já fico-me por este alerta.

Independentemente daquilo em que acreditamos ou até de não acreditarmos em nada, há uma série de pessoas que afirmam presenciar fenómenos paranormais, passar por experiências que impossível é explicar pela razão. Muitas acabam por deixar o cepticismo de lado por esse motivo.

As manifestações mais sentidas passam por barulhos estranhos onde deveria de haver silêncio, objectos que mudam de lugar quando não há ninguém presente para o fazer, a sensação de não se estar só muitas vezes acompanhada de cheiros ou de sentir frio ou calor quando há um bom isolamento que não permite justificar alterações bruscas de temperatura.
No sentido inverso, as pessoas procuram então comunicar-se com quem quer que esteja a provocar tais fenómenos e utilizam para isso formas como fotos, vídeos, gravações áudio ou as ditas sessões espíritas. De entre estas, o tarot, a bola de cristal e outras. Mas a mais comum, porque acessível a todos, é a sessão feita através do tabuleiro de Ouija, por muitos conhecido simplesmente como jogo do copo. 
comunicar com espiritos

E em que consiste a diferença de tudo isto com a comunicação com o Guia?

É que neste tipo de comunicação pode ser qualquer um que está do “outro lado”. Por esse motivo nunca podemos saber ao certo o que esperar, se podemos ou não confiar, e até que ponto não poderá haver qualquer tentativa de “abuso” por parte de quem connosco se comunica.

A mim não me convencem propriamente teorias de diabos e diabretes. Porém, considero que desse lado, tal como no de cá, poderão haver índoles melhores e piores. E não sabemos ao certo que influências poderão ter na nossa vida (é daquelas coisas que normalmente só sabemos quando nos acontecem). Assim, e por via das dúvidas, devemos ter muita cautela quando iniciamos qualquer tipo de comunicação como estas.

Temos ainda a hipótese de recorrer a um médium experiente para proceder à comunicação. Pelo menos partimos do princípio que esta pessoa poderá mais facilmente reconhecer com que tipo de entidade estamos a lidar e, se necessário for, ajudar-nos a retirar tal influência da nossa vida.

Não aconselho a fazer nada disto sozinho, se não estiver preparado para as consequências.

Não pense que comunicar-se com o seu Guia é o mesmo que fazer uma sessão espírita com os amigos. A melhor forma de chegar a este é sempre a da oração.




Gratidão


Pare um pouco e reflita... - Sente-se grato pelo que tem? Ou só pensa no que lhe falta?

Julgo que uma parte importante da evolução passa por reconhecermos todo o apoio que vamos tendo ao longo do percurso. E não me refiro aqui somente ao apoio divino ou de qualquer entidade espiritual. Também o apoio que damos uns aos outros enquanto seres sociais que somos.

Não vivemos a vida sozinhos e sempre precisamos uns dos outros. Precisamos que alguém cultive a terra e cuide dos animais para termos o que comer. Precisamos que alguém trate os alimentos, que alguém os leve aos mercados para podermos comprá-los. Precisamos que alguém fabrique os utensílios para cozinhá-los. E podia continuar esta extensa lista…

Ah, mas tudo isso eu pago para ter!
É verdade. Mas então precisa de alguém para lhe dar um emprego para ter dinheiro e poder pagar por tudo isso.

gratidao
Ah, mas eu sou o meu próprio patrão, tudo depende de mim!
Muito bem, mas então se fornece um serviço, precisa de quem o utilize; se vende um bem precisa de quem o compre; tenho de continuar?

É um ciclo vicioso. Sempre precisamos uns dos outros, nomeadamente para o mais básico. Como precisamos dos pais quando nascemos; como precisamos dos filhos quando estamos perto da morte. 

E muito raramente o agradecemos.

Quantas vezes se sentiu grato por estar onde está e por aquilo que tem? 
E se isso depende mais de si do que dos outros, quantas vezes agradeceu pela influência que pais, avós, tios, amigos e tantos outros tiveram na sua vida a ponto de o ajudarem a tornar-se em quem se tornou? 
Até mesmo os que influenciam pela negativa têm o seu papel, nem por isso menos importante. Como saberemos o que custa ser-nos tirado algo precioso se não houver quem no-lo tire?

É óbvio que não estou a querer dizer que agora deva sair à rua e começar a agradecer a todos por existirem. Mas sentir-se grato por haver tantos à sua volta a contribuir para o seu bem-estar não envergonha, não paga imposto e, sobretudo, não dói. Dói é viver como tantos vivem com a sensação de que “todos lhe devem e ninguém lhe paga”.

Como se sentiria se visse alguém deixar a carteira cair ao chão, a fosse apanhar e correr atrás dessa pessoa para a devolver e a pessoa nem sequer agradecesse?


Sinais


De uma maneira ou de outra, e mesmo que com objectivos distintos, todos nós desejamos conhecer os grandes mistérios da vida. Todos pretendemos aprender as lições da vida o quanto antes para beneficiar delas desde cedo.

Acontece que nem todos estão preparados quando as lições se dão, pelo que não se apercebem delas. Frequente é

Passado


Viver o presente é sentir o fluir da vida. E não são muitos os que sabem de facto viver no presente apreciando cada momento (bom ou mau), embora muitos o afirmem.
Uma boa parte de nós concentra-se antes no passado. E destes, muitos se lamentam ou porque o passado foi mau ou porque era melhor que o presente. Isto é prejudicial à evolução espiritual na medida em que a pessoa cria muitas vezes sentimentos negativos e não consegue libertar-se da carga emocional que as lembranças trazem. Ainda que as lembranças sejam boas, por vezes estarmos tão apegados a elas não nos deixa aproveitar aquilo que estamos a experimentar agora.

passado
Viver no passado pode trazer rancor, seja porque se quer estar numa mesma situação em que se esteve anteriormente, seja porque se queria ter feito certas coisas de forma diferente, ou por qualquer outro motivo. O rancor é das piores emoções que podemos carregar, tão perto do ódio, que por motivos óbvios não nos vai permitir avançar na nossa demanda espiritual. Se guarda algum rancor consigo, talvez esteja na hora de perdoar, seja a si mesmo ou a alguém que lhe tenha dado motivos para se sentir assim. E se lhe custa perdoar outra pessoa pense apenas que é para seu próprio bem, pois que esse sentimento não prejudica a outra pessoa, mas prejudica a si… e MUITO!
Quando tem dificuldade em desvalorizar as experiências do passado pode sempre recorrer a tratamentos. Reiki, Shiatsu, hipnose e tantas outras ou, se não se concebe a recorrer a tratamentos menos convencionais, não deixe de lado a hipótese de consultar um psicólogo ou psiquiatra. Embora alguns torçam o nariz dizendo que só os malucos precisam disso, a verdade é que uma sessão ou outra não lhe vai fazer mal algum e, no mínimo, poderá ser uma forma de prevenção para que não chegue a altura em que você é que fica maluco por não conseguir lidar com aquilo que o incomoda!

Existe ainda a possibilidade de carregar consigo traumas de vidas passadas. Há quem tenha fobias aparentemente inexplicáveis que têm relação com uma existência prévia. E há pessoas que entram nas nossas vidas que imediatamente julgamos conhecer desde sempre que na verdade já tiveram uma relação connosco (não importa de que tipo) noutra encarnação. Com certa já lhe aconteceu pensar que já tinha visto certa cara em algum lado!
Também as questões possivelmente relacionadas com existências anteriores se podem tratar com os mesmos métodos atrás mencionados. Importante mesmo não é como o faz, mas que se consiga libertar de toda e qualquer carga negativa que possa trazer “às costas”. Daí para a frente poderá começar a apreciar melhor o presente, mantendo uma atitude positiva, estando certo que pela lei do retorno tudo o que der voltará para si.
Será que aquilo por que passa hoje não é um reflexo daquilo que fez no passado?

O passado é sempre importante e nunca devemos esquecer as suas lições. Contudo, não devemos deixar que passe disso. 


Viagem Astral


Já ouviu falar em Viagem Astral? Sabe o que é?


Outra forma de evolução, a saída do corpo possibilita o nosso corpo astral a sentir e a ver além das limitações do nosso corpo físico.
No fundo trata-se de separar a consciência do corpo, o que se alcança ou por uma grande descontracção do corpo físico ou por um estado de choque (daí ser habitual em pessoas que sofrem acidentes).
Não estando preso às limitações do corpo físico, pode o corpo astral ultrapassar as barreiras do espaço e do tempo. Pode encontrar-se em qualquer local e em qualquer época.

Há uma grande semelhança entre a viagem astral e aqueles momentos em que normalmente nos abstraímos, os quais costumamos identificar como estando “no mundo da Lua” ou expressões semelhantes.
A viagem astral é bem mais intensa, normalmente propositada e com um objectivo concreto.

Como o fazer?

Existem inúmeras técnicas para o fazer, mas todas elas assentam nos mesmos princípios:
- isolamento
- calma
viagemastral- liberdade de pensamento


Para conseguir a viagem astral devemos garantir que não somos interrompidos, daí ser importante o isolamento (não quer dizer que estejamos totalmente sozinhos, mas também não o vamos fazer enquanto um bebé de meses dorme no quarto ao lado podendo despertar a qualquer momento e a precisar de nós).
Esta prática implica a necessidade de alcançar um estado de relaxamento total. Só assim consegue o ser humano alargar a percepção permitindo a sincronia entre os dois hemisférios do cérebro, pois que a viagemastral pretende-se num equilíbrio entre o consciente e o inconsciente de forma a podermos posteriormente tirar dela elações.

Precisamos ainda de nos libertar de conceitos que habitualmente empregamos na explicação do mundo físico mas que neste outro plano de nada nos serão úteis. Pelo contrário poderão ser um entrave.

E para que serve?

Esta é, antes de mais, uma excelente forma de conseguir contactar o seu Guia Espiritual. Alguns dizem também contactar com outras entidades desta forma - algumas mais construtivas, outras menos.

Enquanto veículo para a evolução espiritual os resultados da viagem astral vão depender muito da pessoa que a pratica.
As “revelações” que possa ter dependem sobretudo daquilo que já está preparado para apreender. De qualquer das formas esta é uma prática que serve sempre ao auto conhecimento, pelo que é benéfico realizá-la seja qual for a sua intenção.

Está interessado em fazê-lo?

Veja como aqui.




Meditação


Qualquer actividade que leve o ser humano a concentrar-se e a harmonizar-se com as energias é meditação.
E ainda que se mantenha a ideia de que a meditação faz parte apenas das tradições religiosas orientais e que tem uma forma ou uma estrutura especial, a verdade é que a meditação é uma prática alcançável ao ser humano em geral e pode ser praticada em diversas formas. Aliás, costuma ser diferente para cada pessoa.

A meditação pode ser alcançada propositadamente ou como consequência de qualquer actividade (normalmente física) repetitiva ou de contemplação, seja dar um passeio, descansar à beira-mar ou estar a lavar loiça ou fazer o jantar.
Tem mais que ver com o estado de serenidade que conseguimos alcançar do que com a forma que usamos para o efeito.

Ao meditar equilibramos as nossas energias, o que normalmente nos traz tranquilidade e clareza de ideias.
É por isso vulgar ouvirmos pessoas dizer que quando precisam de uma solução para algum problema meditam, pois que o cérebro fica aberto à informação.

meditarA meditação traz também benefícios à saúde.
Já nos habituámos a ouvir uma série de problemas consequentes do excesso de stress. Pois o estado que alcançamos pela meditação é exactamente o oposto, pelo que ajuda a baixar a tensão arterial, a melhorar a circulação sanguínea pela normalização da pulsação e, consequentemente, a reforçar todo o sistema imunitário.
Além disso mantém-nos mais calmos, logo, mais pacientes e compreensivos, o que ajuda ainda a ganhar maior confiança em nós e na vida.
No mínimo a meditação serve como um momento de distracção das preocupações quotidianas e uma forma de relaxar e melhor explorar a nossa criatividade.
Pelo lado do desenvolvimento espiritual, a meditação traz clareza mental permitindo a abertura a uma nova maneira de estar e um nível mais alto de consciência. A pessoa pode, portanto, evoluir através da prática da meditação.

Há quem se aborreça com a meditação porque procura resultados imediatos.
Isso efectivamente não funciona. Inclusive, é natural que no início as meditações sejam mais breves e simples, pois que não é assim tão fácil quanto parece alcançar o verdadeiro estado de meditação. Daí ser tão importante que cada um descubra a maneira indicada para si mesmo.
Aquilo que algumas pessoas poderão conseguir alcançar em quinze minutos, outras poderão demorar duas horas. Cabe a si mesmo descobrir e escolher o que funciona melhor.
O melhor é mesmo começar!