Mediunidade

O que é um médium?
Você tem ou conhece alguém que tenha capacidades mediúnicas?

Diz-se da mediunidade que é uma faculdade de qualquer ser humano, que está mais desenvolvida nuns do que noutros.
O termo vem do facto de um médium ser alguém que faz de intermediário entre os dois mundos, visível e invisível, o que não implica que a pessoa tenha dons mágicos ou de adivinhação. Simplesmente tem maior sensibilidade a captar as energias que ao comum de nós passam despercebidas.

Algumas pessoas parecem já nascer com essa faculdade mais desenvolvida, ainda que nem tenham consciência disso.
Muitas passam uma vida sem dar uso a tal faculdade porque a sua educação e a sua maneira de ser as levam a atribuir os fenómenos associados a qualquer explicação lógica, ou a nem sequer lhes dar importância. Dizem destas os entendidos que, em não fazendo o devido uso de tal faculdade, terão estas pessoas que passar por nova encarnação para poderem cumprir com a missão que lhes estava destinada, pelo que não vale a pena ignorar esse aspecto do seu ser.
Verdade ou não, desconheço.

Outras, porém, passam o tempo a querer que lhes aconteçam experiências paranormais e a querer desenvolver esse suposto dom, mas por ignorância ou apenas deslumbramento não chegam a descobrir sequer os meios correctos para o fazer.
Isto é mais evidente na juventude, e tal deslumbramento acaba por desaparecer com a idade, até porque o facto de não terem resultados imediatos na ordem do fantástico acaba por desanimá-las.

Quer isto se passe exactamente como aqui descrito, quer seja um pouco diferente, o importante é perceber que médiuns não são adivinhos.
Erro comum desde a antiguidade, maior parte de nós tende a confundir médiuns com adivinhos ou feiticeiros e pensa que deve recorrer aos seus serviços para saber o futuro ou comprar o amuleto mágico que irá atrair o amor.
Na minha opinião esta atitude é, na verdade, uma falta de respeito para com os médiuns.
medium

Médium é uma pessoa espiritualmente mais desenvolvida que acima de tudo tem como missão ajudar os outros a progredir também.
O médium pode professar qualquer religião, ou até nenhuma.
Mas atenção! Até pode ser que a mediunidade esteja a ser desenvolvida por alguém de mau carácter ou que se tenha deixado corromper pelo caminho. E é por pessoas assim que todos acabam por ser mal vistos, nomeadamente como charlatães.

Se pensa pedir ajuda a algum tente informar-se bem da idoneidade da pessoa em primeiro lugar.
E lembre-se que o médium não está lá para lhe dar a chave do Euromilhões nem os números da lotaria!




Alcançar a Paz Interior


Já aqui falei na paz interior, mas pretendo hoje ser mais concreta dando algumas "linhas de orientação" para a atingir. Não será um exercício em particular, mas apenas um conjunto de atitudes a mudar. Só isso já vai ajudar muito!

Existem algumas palavras-chave a

Comunicação com o Guia Espiritual


Após uma breve introdução ao tema, fiquei com a sensação de que faltava falar sobre o tipo de contacto feito com um Guia Espiritual. Isto porque alguns tendem a confundir Guias com “adivinhos” (cartomantes, numerólogos, etc).
comunicação espiritualNão quero dizer, contudo, que um Guia não possa ser um médium, uma pessoa espiritualmente mais desenvolvida. Mas falo obviamente de um médium a sério e não de um charlatão que apenas quer fazer riqueza à conta dos outros.

O objectivo de se comunicar com um Guia Espiritual é esclarecer aspectos importantes para a nossa evolução. Assim não devemos procurar esta ajuda no sentido de sabermos se vamos conseguir um emprego ou se iremos conseguir comprar a casa dos nossos sonhos. Este tipo de comunicação não deve assentar no supérfluo, pois não é esse o “trabalho” dos Guias. O materialismo, principalmente, não interessa minimamente a estas comunicações.
Não queira ser espiritualmente pobre se o que pretende é a verdadeira evolução!

O tipo de questões a ser colocadas a um Guia Espiritual devem ser da ordem de dar sentido à vida, de encontrar o seu caminho, de saber a missão que tem a cumprir, de compreender situações que não consiga explicar com a razão. E mesmo estas podem não ter respostas decisivas e concretas, pois pode acontecer alguma da informação não nos poder ser dada por a descoberta da resposta fazer em si mesma parte da nossa aprendizagem.
A espiritualidade é interior e só quando atingimos certa maturidade espiritual passamos a estar aptos a receber determinadas informações. Devemos, portanto, e antes de mais, procurar desenvolver o nosso ser para podermos progredir a outro tipo de ensinamentos.

Parece confuso? Quanto mais praticar mais facilmente irá discernir!

Lembre-se que ao começar a comunicar-se com o seu Guia irá criar com ele uma relação. E como qualquer relação, esta deverá basear-se na confiança. Pedir ao seu Guia que lhe indique quantos filhos irá ter não vai abonar a seu favor, pois isso só lhe irá mostrar que ainda não está preparado para saber tudo o que precisa. É fazê-lo perder tempo e, quem sabe, paciência!
Seja sincero e directo e recorde que o seu Guia está aqui para o ajudar no que lhe for possível e não para ser um fantoche. Quanto melhor for a vossa relação mais presente ele estará, mais facilmente se conseguirão comunicar e maior será a sua evolução.


Orações


Uma das formas mais comuns de comunicar com a divindade e o lado espiritual. Muitos usam-nas apenas para pedir. E se isso nada tem de errado, digo apenas que se perde um dos meios para a evolução.

Maior parte das pessoas limita-se a repetir as orações que aprende dentro da sua religião, independentemente do significado que as mesmas tenham. Outras procuram dentro do conjunto das disponíveis aquela que melhor se adapta à situação em questão. A meu ver o melhor passa por falarmos do coração. Porque independentemente da “fórmula” que usemos para fazer as nossas orações, o importante é a fé que temos no que dizemos e na divindade que nos escuta. Melhor ainda, podemos juntar a visualização à nossa oração, o que lhe confere uma força acrescida.

É também comum orar pelos outros. Esta costuma ser a oração mais sincera, pois que muitas vezes é mais difícil pedirmos para nós (nem sempre sabemos bem o que queremos ou se somos merecedores), enquanto que para os outros conseguimos ser mais objectivos.
Tal atitude é também valorizada na evolução espiritual, pois que demonstramos aí certo altruísmo que muitas vezes não demonstramos e nenhuma outra ocasião. Não raro é vermos um pai junto à cama de hospital onde o filho está doente a rezar pedindo que lhe seja incutido o mal a ele em vez de ao filho, que pretende que fique bom.

A oração pode ainda servir para agradecer o que a nossa vida tem de bom. Isso é, no entanto, algo que muitos se esquecem. A mim parece-me que, se podemos pedir, fica-nos bem no final agradecer. É o mesmo que pedir a alguém para me trazer uma caneta e quando esse alguém ma dá eu simplesmente dizer “obrigada”. Nem que seja uma questão de educação! Acontece é que há cada vez mais pessoas mal educadas por aí…
orações 
Alguns têm vergonha de ser vistos a rezar. Ou pelo menos dizem que é por isso que raramente o fazem, já que poucas são as alturas em que estão sozinhos. A meu ver é mera desculpa. A oração não tem que ser obrigatoriamente recitada em voz alta. E por isso pode ser feita em qualquer altura e em qualquer lugar, com ou sem companhia, consciente ou não daquilo que estamos a fazer. Não o faz quem não quer.
Depois há também aqueles que o não fazem porque simplesmente não acreditam. Tudo bem, mas é pena. Porque a oração pode ser também um meio de nos conhecermos melhor a nós mesmos. Por vezes verbalizar aquilo que nos vai cá dentro (seja em voz alta ou só no nosso pensamento) é meio caminho andado para nos libertarmos de problemas, de energias alheias ou para encontrarmos as soluções que procuramos, os caminhos a seguir. Tenha como certo que o tempo que perde com uma oração sincera nunca é tempo desperdiçado em vão.


Energia


energia
Independentemente das crenças, qualquer de nós pode compreender e aceitar que o mundo é feito de energia. Difícil é, para alguns, aceitar que as energias das pessoas possam ter algum efeito sobre os outros e sobre as situações.
No entanto, basta observarmos com atenção que logo vemos alguém com uma energia positiva a quem tudo parece correr bem ou outro alguém que emana negativismo constantemente a passar situações desagradáveis.

As energias são contagiosas. Para uns mais do que para outros, mas todos nós em alguma altura sentimos essa influência.
Nunca lhe aconteceu sair de ao pé de alguém a sentir-se completamente diferente do que estava antes de a encontrar? Por exemplo, sentia-se triste e apareceu um amigo que, nem sequer falando do assunto que o deixava a si triste o deixou muito melhor? Então, essa pessoa terá transmitido uma energia muito positiva!
Somos sensíveis a energias de pessoas mas também de ambientes. Certamente já lhe aconteceu ir a algum lado onde inexplicavelmente se sentiu muito bem ou muito mal. É a energia que emana nesse local!

Quando as energias são boas isso é óptimo, claro. Agora o inverso é que nos deve deixar alerta.
A negatividade excessiva pode degenerar num bloqueio energético. É necessário termos atenção para não nos deixarmos ir abaixo com tal influência. Claro que o melhor é sempre afastar-nos; contudo, se isso não for possível, devemos aprender a livrar-nos dessas energias e, quem sabe, influenciar a(s) pessoa(s) ou local com uma energia positiva.
Há quem creia que muitas doenças mentais têm origem espiritual. Quanto a isso não me posso pronunciar, que não sou autoridade médica para tal. Mas consigo compreender que um ataque de pânico tenha origem num acumular de situações frustrantes, de medos ou traumas de origem espiritual.

Para se libertarem das energias negativas algumas pessoas recorrem a limpezas espirituais. Essas limpezas podem ser orações, defumações ou banhos. Com mais ou menos rituais, são obviamente limpezas simbólicas, sendo que o mais importante será, obviamente, limpar a mente e o coração dessas influências. São os dois veículos imediatos.
Outras vezes parece que a energia nos impregnou a casa ou o carro ou algum outro sítio. Também se pode fazer o mesmo! A forma de o fazer é que dependerá de cada pessoa.
Devemos ainda fazer por ter mais atenção as energias que nos rodeiam, passando assim a poder proteger-nos antecipadamente de alguma situação desagradável. Quanto mais facilmente reconhecermos as energias melhor saberemos lidar com elas.


Paz Interior


paz interiorNão é O objectivo, mas faz sem dúvida parte dele.

A busca pela evolução espiritual é também uma busca pela paz interior, a tranquilidade e alegria que aparentemente não têm razão de ser, pois que se não ligam a nada de palpável. E é certo que as pessoas espiritualmente desenvolvidas são pessoas de paz e serenidade, veja-se por exemplo o Dalai Lama.

Mas como podemos nós desenvolver a paz interior se andamos sempre preocupados com o mundano?

Talvez o segredo esteja em discernir o que é verdadeiramente importante.

Não quero dizer com isto que se deva descurar o conforto material, directamente ligado ao bem estar do corpo. Já diz a máxima “Mente sã em corpo são” que só estamos bem quando tudo em nós está bem.
Mas quero dizer, sim, que não nos devemos deixar consumir por aquilo que não é uma prioridade.

Preocupar-se em ter que comer é uma coisa. Preocupar-se se tem um carro topo de gama é outra. E muitas (bem mais do que se calhar imagina!) são as pessoas que se irritam e andam constantemente preocupadas e a dar voltas a tentar descobrir como conseguir enriquecer ou acertar no Euromilhões para poderem ter esse carro topo de gama. E pior, que o querem só para fazer inveja ao vizinho, que por acaso tem um carro melhorzito que o delas!

Este tipo de atitude consome-nos. E não nos permite atingir essa paz interior a que qualquer um de nós almeja.
Conhece alguém que o não queira? Pois eu não! Mas também não conheço muitos que façam por isso!

Também gostava (muito) de ter um carro topo de gama. E uma vivenda modesta mas com uma grande área de terreno em volta. E sonho muitas vezes com isso! Só que não me sinto infeliz nem inferiorizada por não ter nenhuma dessas coisas. Não perco o meu tempo a lamentar-me com isso nem a esquematizar soluções para o conseguir.

Pois as preocupações são o maior inimigo da paz interior. Quanto a mim, já me basta as que têm mesmo que existir (como o filho doente ou o acidente do marido). Não gosto de criar mais. É bem melhor aproveitar o sol de um dia como o de hoje para simplesmente sair à rua e passear como se as preocupações nem existissem!

E você, já alcançou a paz interior?



Humildade


Na busca pela evolução espiritual é necessária a humildade. Frequentemente, porém, se vê esta a falhar junto daqueles que deveriam ser exemplo.
Há até quem pregue aos sete ventos ser muito espiritual, ou muito devoto, o que revela uma falta de modéstia imensa. Creio que quem o é não tem necessidade de andar a espalhar esse facto; antes deve é espalhar meios de ajudar os outros a poderem sê-lo também. Mas, mais uma vez, é apenas a minha opinião...

Como pode ser espiritualmente evoluído aquele que se julga melhor que os outros, aquele que é egoísta, ganancioso ou invejoso? Pelo contrário, esse é um ser pobre de espírito!

Tenha em mente que nada tenho contra o prestígio de uma pessoa (em particular aquela que realmente o mereça). No entanto, não se deve confundir o prestígio em si com os meios usados para o alcançar nem com os objectivos ambicionados como consequência do mesmo.
Alguém que seja muito bom naquilo que faz, por exemplo um desportista que consegue o prémio de melhor do mundo na sua modalidade, merece-o por efectivamente ser o melhor do mundo. E longe de mim dizer que tal pessoa se deva sentir mal por ter alcançado tal prestígio! Mas diga-me, é mais digno aquele que aí chegou porque fez algo que gosta e no que é bom sem interferir com ninguém, ou aquele que não sendo assim tão bom usou de artimanhas, passou por cima dos outros e enganou quem tinha que enganar para lá chegar?
humildade


A humildade é ainda necessária para se conhecer a si mesmo. Ser capaz de reconhecer os seus defeitos e as suas qualidades. Descobrir o que é que em si pode ser melhorado ou mesmo o que é que pode ser colocado de parte.
A humildade ajuda-o, portanto, a crescer. Logo, ajuda-o a evoluir enquanto ser espiritual.

Há igualmente uma diferença no sentido inverso. Ser humilde não deve ser o mesmo que deixar-se rebaixar pelos outros. Deve ser tão simples como nem lhes dar importância!
A auto-estima é tão essencial quanto a humildade e não será deixando que esta desapareça que irá conseguir evoluir. Só que deve ser uma auto-estima real e não exacerbada.

Só uma pessoa humilde consegue olhar ao espelho e ver a verdade.

O que é que o seu espelho diz de si?




Se não sabe por onde ir não vá

Ainda a propósito do Destino, quero salientar uma parte importante do nosso poder de escolha.


Quantas vezes somos nós confrontados com a dúvida e a indecisão? Nem vale a pena contar!
dúvida
E se muitos são aqueles que reagem quase de imediato com uma opção, muitos outros parece que ficam estanque, sem reacção.

Algumas decisões são realmente difíceis de tomar. Algumas destas não devem mesmo ser tomadas de ânimo  leve. Agora, será que há algo de positivo em deixar-se ficar na dúvida em vez de decidir? Afinal, o que é o pior que pode acontecer? Errar? Faz parte!

Em tudo o que me foi possível (seja questões de índole espiritual, carácter material ou o que seja), resolvi não perder mais que cinco minutos a ponderar (claro que estes cinco minutos são relativos!). Tento colocar todas as questões na forma de
devo ou não devo?
Daí para a frente, se nesses cerca de cinco minutos não me decidir pelo devo, então assumo o não devo. Se não decido o caminho a escolher, não faço a viagem.

Ou bem que escolhemos e assumimos as consequências das nossas escolhas, boas ou más, ou nem vale a pena perder tempo a pensar nisso.


Praticar a evolução


Trabalhar para a evolução espiritual é como fazer desporto. Consegue-se com a prática. Contudo, ao contrário do desporto, tal evolução pode, em certa altura, tornar-se frustrante, pois os seus resultados não são visíveis.
Enquanto no exercício físico vemos e sentimos o corpo a ficar mais musculado, tonificado, no exercício espiritual as mudanças são mais subtis e prendem-se sobretudo com o bem-estar emocional. Até pode ser que passem completamente despercebidas à própria pessoa!

Há, no entanto, um aspecto essencial em que os dois tipos de exercício são idênticos. A chave do sucesso – que no caso é a prática.
Só consegue um corpo saudável aquele que pratica desporto regularmente. Não é fazendo exercício uma vez por ano. E da mesma forma consegue a evolução espiritual aquele que a pratica de modo regular. Precisa é, talvez, de maior persistência. O suficiente para não desistir só por não ter resultados palpáveis.

Existem diversas formas de colocar em prática esta evolução, sendo que muito se relacionam com a religião ou filosofia de cada um. Porém, uma delas é comum – a meditação.
Esta pode igualmente variar em função da crença de quem a pratica. Pode ser desde a meditação pura, passando pela oração, até à junção com a componente física, como no caso do Yoga  O resultado final acaba, esse sim, por ser o mesmo.

meditarSeja qual for o tipo de meditação que a pessoa escolha, convém lembrar que a mesma pode ter lugar em qualquer altura e em qualquer lugar. Sim, mesmo o Yoga  tem, por exemplo, a possibilidade de, enquanto está sentado à secretária no local de trabalho, praticar a respiração com o abdómen. E cinco minutos que seja num dia inteiro não vão atrapalhar a atarefada vida do homem moderno.
Não existe, portanto, desculpa para não iniciar a sua evolução. Só não o faz quem não quer!


Destino

Afinal, somos ou não somos donos do nosso destino?

Uns dizem que o destino a Deus pertence.
Outros há que afirmam sermos nós os únicos responsáveis por ele.
Não poderão ambos ter razão?

Certo é que a nossa vida segue o rumo que para ela escolhemos. Quer dizer, julgo que ninguém que vá tirar um curso de manicure pense que com isso se torna cirurgião, correcto? E mesmo em relação a pequenos pormenores, escolhas aparentemente mais simples, mudamos o curso da nossa vida, ainda que sem querer. Se ontem decidi jantar marisco em vez de carne e hoje estou com uma gastroenterite, não foi por ter feito uma escolha consciente nesse sentido, mas também não deixou de ser uma escolha minha! Quem mandou ser gulosa e querer marisco?
Obviamente que existem situações que estão muito além do nosso controle. Tomemos como exemplo um tsunami. Claro que ninguém fez por que acontecesse, mas as pessoas que sofreram com ele não terão feito uma série de escolhas que as levou a estar naquele local naquela data? Uns porque vivem lá, outros porque estavam lá a passar férias. Há muitas hipóteses.

Dizer que está tudo confinado à vontade de Deus parece-me demasiado limitador. Nós temos opções na vida, felizmente. Não somos marionetas. Compete-nos é saber escolher o melhor para nós. Mas por esse motivo dizermos que, pelo contrário, só nós temos responsabilidade em tudo o que acontece na nossa vida, é dar-nos demasiado crédito.
Existe o que para nós ainda é imprevisível. E existe também a vontade alheia. Se alguém tem um acidente na estrada, nem sempre é por sua culpa. Pode alguém vir a conduzir na perfeição e sem querer levar com um camião, capotar e morrer. E esse alguém até tinha escolhido a segurança...

O Destino será, portanto, uma das formas de nos aperfeiçoarmos e evoluirmos mediante o exercício da nossa vontade. Termos consciência de até que ponto somos ou não responsáveis pela vida que temos e podermos partir daí para melhorar.


Evoluir pelo respeito


Como em tudo na vida, devem as questões religiosas, espirituais ou morais ser encaradas com respeito. Ver que pessoas cépticas, ao serem confrontadas com situações por alguns ditas paranormais, reagem com respeito, é mostra de grande evolução. Possivelmente será uma das melhores formas de progressão.

A evolução espiritual não tem que passar obrigatoriamente pela total transformação. Não julgo que seja necessário mudar de religião, mudar de crenças nem outras mudanças radicais. Basta uma subtil mudança de atitude. Em boa parte das vezes essa mudança pode ser tão simples quanto deixar de lado as críticas para passar a olhar as situações com respeito.

Saber aceitar que existem diferentes pontos de vista é algo que muitos pregam mas poucos acatam. Saber respeitar é mais difícil ainda. Por isso aquele que respeita consegue melhor alcançar a evolução do que muitos que se limitam a seguir piamente esta ou outra doutrina sem nada questionar.

respeito

Quando o medo é mais forte


Muitos são aqueles que se desligam do lado espiritual da vida por receio do que possam encontrar pelo caminho. Nem todos conseguem dissociar esse lado do espiritismo ou afins. E por não quererem encontrar algo desagradável, acabam por se fechar à evolução.
Claro que outros há a quem importa apenas o lado material. Não por medo nem ignorância. É uma escolha. Escolha aliás, que ninguém deve criticar. Assim como eu sou livre de acreditar no que acredito, também estes são livres de não acreditar.

O medo do que se possa encontrar limita muito o ser humano. Mas porque este assim o permite. Existem caminhos que passam ao lado das experiências potencialmente perigosas. Basta escolher um desses; não é necessário deixar tudo de lado.
De qualquer das formas, muitas vezes são exactamente estes que acabam por passar por essas tais experiências. Não sei se as atraem ou o que se passa. Só sei que vejo cada vez mais isso a acontecer. Parece que quanto mais se querem afastar dessas coisas mais lhes acontece terem que passar por elas.

medo
O medo do desconhecido é natural. Qualquer pessoa que diga não ter medo de nada só tem é falta de passar por certas experiências, julgo eu. O que não é normal é deixarmo-nos consumir pelo medo.
Sei que falar é mais fácil. Mas há uma coisa em que acredito do fundo do meu ser. Nada nos é dado a experimentar além daquilo com que conseguimos lidar. E por mais que aceite que pessoas há mais frágeis que outras, não acredito que as haja de todo fracas. Acredito, sim, que algumas fiquem à espera que sejam os outros a resolver os seus problemas. Mas isso não é fraqueza, é preguiça!

Quando o medo acaba por falar mais alto, não raro é que a pessoa dê consigo doente. Para uns uma mera depressão, para outros algo mais grave. Nada que não tenha cura, apesar de tudo. E da maneira como eu o vejo, deve o receio de ficar assim ser maior do que o de lidar com qualquer que seja a situação que se nos apresente.

Muitas das vezes também o problema não passa tanto por aquilo que nos afecta sendo exterior a nós, mas antes se revela no medo do ser humano se conhecer a si mesmo. Nem sempre gostamos do que descobrimos, só que se não o virmos não teremos qualquer hipótese de o mudar.
Assim pergunto – o que é preferível? Ter a coragem de enfrentar o desconhecido e mudar para melhor, ou deixar que o medo nos deite abaixo?


Feitiços


Durante as minhas pesquisas, e sobretudo no período da adolescência, deparei-me inúmeras vezes com a questão dos feitiços.
Sempre duvidei que resultasse, mas nem isso me fez desviar da tentação de experimentar. Pelo contrário, uma vez que julgava que não iria ter qualquer repercussão, parti do princípio que mal não faria.
O que daí adveio é que me surpreendeu.

feitiçosFalo disso agora porque considero ter sido uma parte importante da aprendizagem. Como acredito que o destino está nas nossas mãos, a determinada altura pensei que esta seria uma forma tão válida como qualquer outra de agir sobre o meu.
Tive o cuidado de salvaguardar os outros. Ou, pelo menos, penso que sim. Excepto os que me são mais próximos e que por isso podem sofrer directa ou indirectamente com aquilo que faço na minha vida, não tenho conhecimento de que alguma outra pessoa tenha sido afectada. E lá experimentei.

O que aprendi com as minhas experiências foi que
- SIM, os feitiços funcionam
E ao mesmo tempo
- NÃO, eles não são a solução para os nossos problemas

Porque os resultados de um feitiço não são literais e, no fim, podem deixar-nos numa situação ainda pior. Falo disto para que sirva de exemplo a quem pondera fazer uso de tal “arte”. É a tal coisa de se eu soubesse o que sei hoje!...

Para ser mais concreta, eis um exemplo:

- Em determinada altura, cansada de procurar soluções, fiz um feitiço para conseguir que o meu ordenado aumentasse para 1.200€. Ao fim de dois meses era isso que eu tinha. Mas não o meu ordenado apenas. O meu e o do meu marido juntos somavam isso. Na verdade representou um decréscimo de 400€ em relação à situação anterior.

Podia dar-vos outros exemplos (não muitos, que não fiz assim tanta parvoíce), mas julgo que este é o suficiente. Ilustra bem o que eu queria dizer. O feitiço resultou, não posso negar. Só que no sentido inverso.
E todas as pessoas que já ouvi dizer que fizeram feitiços obtiveram resultados semelhantes. Nunca ninguém relatou ter recebido exactamente aquilo que pediu. Há sempre um senão.
Porquê? Não faço ideia!
Talvez porque assim tenha que ser. Talvez porque o objectivo seja esforçarmo-nos para atingir os nossos objectivos e não usar de artimanhas para cortar caminho. Não sei.
O que sei é que este não é o caminho. E espero que quem possa estar a ler estas palavras não precise de o colocar em prática para o perceber.



Guia Espiritual

Sabe o que ou quem é o seu Guia Espiritual?

Na minha opinião é mais complicado do que parece definir ao certo o que é um Guia Espiritual. De facto existem inúmeras possibilidades e a verdade acaba por ser distinta para cada um de nós. Tem que ver, acima de tudo, com as nossas crenças e a nossa acepção do mundo.

Literalmente falando, o guia espiritual é aquele que ajuda o ser humano na sua evolução espiritual. Mas quem é esse guia?
As respostas podem ser muitas.

Um guia espiritual pode ser uma figura ou até um conjunto de ideias. Por exemplo, a Bíblia em si mesma pode ser tida como um guia espiritual. E como a Bíblia, qualquer outro texto de carácter religioso ou filosófico.
Quanto a “figuras”, como mencionei acima, podem estas tratar-se de figuras terrenas ou não. E se de entre as terrenas é fácil identificar umas quantas, as restantes é mais complicado.
Começando pelas primeiras, cada religião ou filosofia tem as suas. Padres, o Papa, Rabis, Gurus, o Dalai-Lama e tantos que todos nós sabemos. Indo mais longe, as figuras históricas associadas, como Cristo, ou Buddha. Não precisamos de acreditar que Cristo nasceu mesmo do Espírito Santo para aceitar a mensagem que nos quis transmitir!

guia espiritualJá no que respeita aos outros guias, os do mundo dos espíritos, a coisa não é tão simples. Muito se diz sobre o assunto, mas a verdade é que até hoje continuam a não haver provas concretas e irrefutáveis da existência dos mesmos. Assim, esta parte fica sempre sujeita às convicções pessoais de cada ser humano.
De entre estes guias do mundo espiritual, podemos considerar pelo menos quatro hipóteses – falecidos que interagiram connosco nesta vida (familiares, amigos, conhecidos), espíritos em geral (sem qualquer ligação directa com a pessoa), espíritos ditos superiores (anjos e afins) e nós próprios!

Como assim, nós próprios?

Bom, se somos seres espirituais, existe uma parte de nós que apreende o mundo enquanto espírito e não pelos cinco sentidos ou simplesmente pela razão. Talvez seja uma parte do subconsciente, talvez a intuição, talvez algo completamente à parte. Mas está lá. Já nasce connosco; aquela parte de nós que nos faz questionar a existência, a origem das coisas, a sua razão de ser.
Ah, mas como é que nós podemos ser os nossos próprios guias?
E quem mais é que é? Tirando algumas pessoas extremamente influenciáveis, no fundo, e em última instância, somos sempre nós. A Bíblia ou o Corão dizem exactamente o mesmo a quem quer que os leia. Mas cada um vai interpretá-lo à sua maneira, certo? O mesmo acontece com dois fiéis a ouvir a mesma missa.

Quem assimila, processa e interioriza somos nós, independentemente da fonte. E o resultado é distinto, variável na evolução de cada um. Portanto, podemos ter os guias que entendermos; o guia supremo seremos sempre nós.

Quer conhecer o seu?


Doutrinas

Você é religioso? Acredita em Deus? Segue alguma doutrina específica?

Como já mencionei, o meu passado é católico. Só em doutrina, deixando a prática ao critério de cada um. Não sei dizer se a minha mãe reza antes de dormir ou se o meu pai se vai confessar. Somos um tanto avessos a manifestações públicas de algo que consideramos do mais íntimo. E pode parece hipócrita da minha parte estar a dizer tal  coisa enquanto mantenho este blog, mas acredite, é apenas maneira de ser...

Logo em pequena, como tantas crianças, passei pela fase de ter medo do escuro e dos barulhos. Sei lá eu porquê, na minha cabeça os passos que ouvia à noite no corredor pertenciam a um índio. E como julgava que os fantasmas só vinham incomodar os vivos (e fazer-lhes maldades), fechava bem os olhos e mantinha-me muito quietinha para que eles pensassem que eu estava morta. Assim iam-se embora, era a minha lógica.
Quando me apercebi do conceito de  Deus comecei logo a questioná-lo. Se ele é bom, qual o motivo de acontecerem coisas más? Se ele é que põe e dispõe de tudo e todos, porque permite que existam seres maus? Porque deixa crianças passarem fome e outras privações? Porquê? Porquê? Porquê?
Fui aceitando umas vezes melhor e outras pior aquilo que
familiares e demais educadores me ensinavam. Só que mantive a insatisfação de respostas incompletas.
Até que a adolescência chegou e finalmente aceitei que os adultos não tivessem resposta para tudo.
Então abandonei por completo a ideia que tinha criado de Deus. Só não consegui deixar de parte a imagem a que o associava.

evolucaoComecei a pesquisar outras doutrinas. Nenhuma de forma extensiva porque em cada uma delas chegava a um ponto em que, por considerar demasiado absurdo ou demasiado forçado, percebia que não ia encontrar o que procurava.

Hoje posso dizer que em cada uma encontro o seu quê. Se conseguirmos olhá-las com bom-senso podemos ver algo que faça sentido em todas elas. E todas elas nos podem ajudar a crescer.
Desta forma posso dizer que há aquelas com que “simpatizo” mais e outras menos. Não há, porém, nenhuma que possa dizer que não é válida. Assim, convido a todos a participarem nesta viagem sem preconceitos pelas crenças alheias que possam aqui ser mencionadas. O meu objectivo passa muito longe de enaltecer certo dogma ou denegrir outro.

E você, o que pensa das várias doutrinas que existem?

Começa Aqui


Este blog pretende-se um auxiliar no crescimento ou evolução espiritual.
Aqui não serão afirmados dogmas. Apenas algumas convicções pessoais. E como até estas serão postas à prova, natural será que se venham a modificar. Só assim poderá haver crescimento.

As bases consideradas para este blog são e continuarão a ser as mais diversas possível. Ainda que exista determinado background, a ideia não passa por evoluir dentro do mesmo. Passa, sim, por descobrir o melhor caminho. A quem isso possa desagradar, lembro que é uma escolha pessoal. Esta é a minha. 
Não me agrada aceitar algo como verdade absoluta sem conhecer as alternativas. Assim só tenho é que as explorar.

Pelo meio pretendo igualmente abordar temáticas não concretamente relacionadas com o objectivo principal, mas que de alguma forma se possam enquadrar com o mesmo. Poderão aparecer assuntos que a alguns pareçam descabidos. Só que para mim todos se relacionam, pelo que tentarei ser abrangente.


A viagem não começa aqui. Já se iniciou há muito. Agora passará a ser partilhada. Se puder alguém beneficiar com ela, por pouco que seja, isso já será uma grande conquista. Espero, por isso, que este se venha a tornar também um espaço de partilha do leitor para mim. Toda a opinião será bem vinda. Ficarei a aguardar a sua!

caminho espiritual