O que é uma Mandala e qual a sua origem?
Na minha interpretação, Mandala é a
representação de um campo energético de grande força.
O significado da palavra é círculo e tem a sua origem no sânscrito.
É comummente conhecida
como um diagrama que simboliza o Universo, o cosmo, a harmonia, a energia, o
divino. Habitualmente representa uma figura organizada em redor de um centro
com desenhos geométricos coloridos.
Em termos espirituais a mandala refere-se à
concentração de energia, ou seja, ela representa um “círculo mágico”, diagrama
ou círculo simbólico usado para o exercício da meditação, da concentração e
também de magia.
Existem desde cedo, tendo sido encontradas
mandalas em pinturas rupestres, e desde a antiguidade que sabemos serem usadas
pelo hinduísmo e pelo budismo, em rituais indígenas, na magia e até na
alquimia.
A astrologia ainda hoje usa a forma da mandala para fazer o diagrama
do zodíaco e do mapa astral. No Feng-Shui a mandala aparece na forma do Bagua.
No
Judaísmo a estrela de David.
No Tibete a palavra para mandala é dkyil-‘khor, que significa aquilo
que circunda um centro, sendo o centro um significado e aquilo que o
circunda o símbolo redondo que representa esse significado. Porém, nem todas as
mandalas são redondas, embora todas tenham a sua origem nesse centro.
Em várias
épocas se usou como expressão artística, científica e religiosa.
Na arte simboliza o centro do mundo, o que se reflecte igualmente na arquitectura - em casas, templos, palácios ou nas próprias cidades.
No Ocidente, onde é mais conhecida como rosácea, podemos observá-la nas abóbadas das grandes catedrais. Também a encontramos em pratos e porcelanas chinesas e gregas.
Para o budismo simbolizam o palácio de uma divindade.
A sua
estrutura básica consiste num centro que simboliza a totalidade, a divindade, a
consciência superior ou cósmica, a partir do qual radiam outras formas que
representam as inúmeras facetas da personalidade humana e as infinitas formas
do Universo.
Há muitos tipos de mandalas, usadas para várias finalidades
As mandalas podem ser de culto, de meditação e
terapêuticas. A sua diferença
consiste sobretudo na finalidade para que são criadas e no estado de
consciência do indivíduo ao criá-las.
Espiritualmente falando a mandala representa uma reprodução da dimensão
cósmica da consciência da criação. Estas são normalmente designadas de mandalas cósmicas. Simbolizam a
totalidade, a integração e a harmonia de toda a vida existente no Universo. A
sua finalidade é de equilíbrio cósmico, harmonia entre espírito e matéria, proporcionando
a evolução espiritual.
A mandala é um diagrama ritual que pode
corresponder a determinado atributo divino ou pode ser a manifestação de um
mantra. É um círculo mágico que serve como elemento integrador entre a
realidade física e as esferas divinas. Ela liga a nossa consciência de volta à
fonte absoluta. O seu centro representa uma força misteriosa de onde irradia a
energia e para onde se volta a recolher num constante movimento.
O hinduísmo entende a mandala como o arquétipo
de uma mente humana equilibrada, por isso usa-a como instrumento de meditação.
Simboliza um espaço sagrado central, sendo por isso o símbolo de Purusha, a
presença divina do centro do mundo.
A meditação focada no círculo proporciona
harmonia e a unificação dos opostos, solucionando conflitos internos e é também
muito utilizada no budismo.
No Tibete simboliza o universo espiritual e
material. No centro da mandala tibetana vivem duas divindades budistas num
palácio.
Originalmente era criada em giz mas hoje é feita com areia como um
exercício de meditação e contemplação cujo objectico é reforçar as Quatro
Nobres Verdades. Os monges tibetanos
creem que as mandalas coloridas feitas de areia têm poderes curativos e com
frequência oferecem mandalas às divindades.
De variadas cores a mandala representa
normalmente um objecto ou uma figura cuja observação ajuda à ascese. As cores utilizadas
potenciam a energia das suas formas.
A mandala pode também ser pintada em madeira ou
em metal.
Pode ser usada na decoração de ambientes, como
cura ou preparação do ambiente para
determinado fim, ou como um instrumento de desenvolvimento pessoal e de
restabelecimento da saúde interior e exterior.
Ela trabalha os vários aspectos
pessoais – físico, emocional e energético. Fisicamente promove o bem estar e o
relaxamento. Emocionalmente pode ajudar a eliminar traumas do passado. Energeticamente
elimina cargas negativas e promove o desenvolvimento espiritual. O seu poder
actua através da harmonia que ela emite, nomeadamente quando nos identificamos
com elas, permitindo despertar em nós diversos sentimentos benéficos.
Escolher e usar uma mandala
A mandala pode ser externa ou pessoal. A primeira
pretende ser para oferta, enquanto a segunda serve para benefício próprio.
Ao escolhê-la deve ser tida em conta a forma e
as cores usadas, conforme o objectivo a que se propõe.
Se a mandala deve ser uma manifestação
espontânea, não há nada de errado em direccioná-la para o nosso propósito. Para
escolher uma mandala, poderemos fazê-lo das seguintes formas:
- Escolher pelas suas características (cores, forma, potenciais símbolos integrados) a que mais se
aproxima desse propósito. Poderá ser uma boa opção quando sabemos exactamente o
que queremos atrair para a nossa vida.
- Escolher uma que seja do nosso agrado. Neste caso devemos ter em consideração a vibração e a força
que ela emana, devemos observar bem até que encontremos uma que se ligue ao
nosso interior. E se necessário, fazer ajustes posteriormente.
- Desenhar a sua própria mandala. Esta pode ser a opção mais difícil (desenhar uma mandala
não é algo que se faça em minutos), mas também será a melhor pela sua ligação a
nós mesmos.
Basta ter em mente que o princípio básico é o centro, a partir do
qual tudo se desenrola ordenada e circularmente. O que desenhamos no centro
serve para atrair ou desviar o olhar.
Ao construir uma mandala expressamos a
nossa criatividade ao mesmo tempo que nos reinventamos e evoluímos. Assim,
qualquer que seja a técnica utilizada e, quer o façamos individualmente ou em
grupo, o simples acto de fazer a mandala já é um processo de harmonia e
equilíbrio da consciência.
Por trás da mandala podemos acrescentar um
mantra ou alguma frase que nos aproxime do objectivo.
Em qualquer local da sua casa a mandala trará a
harmonia e a protecção. Mas se pretende contemplá-la, convém então que a
coloque num local adequado. Nomeadamente um que seja tranquilo e onde se sinta
especialmente bem.
A mandala deve estar à altura dos olhos e numa
distância idêntica ao comprimento do seu braço.
- Observe-a a partir do centro e tente relaxar
os olhos. Focando-a, permita-lhe transmitir o(s) seu(s) significado(s).
- Permita que a mandala preencha a usa mente
pela simples observação.
- Permaneça em observação por aproximadamente
15 minutos. Assente a que a mandala harmoniza a sua energia.
- Feche os olhos e tente visualizar a mandala. Se
perder a visualização volte a abrir os olhos, observe a mandala algum tempo e
volte a fechar os olhos. Tente permanecer assim por pelo menos outros 15
minutos.
Após esta contemplação, se pretender deite-se.
É natural que sinta algumas mudanças internas. Deixe-se ficar até se sentir
preparado para voltar ao dia-a-dia..
Benefícios do trabalho com mandalas
- prevenção do stress
- equilíbrio mental
- aumento da criatividade
- aumento da concentração
- maior abertura ao mundo
- ampliação da consciência
A meditação e contemplação da mandala é uma
forma de se unir com o cosmos. Leva a uma descarga das suas tensões.
Não se admire se chegar mesmo a sonhar com ela.
Faz parte do processo individual de evolução.
Preparado para experimentar?
interessante repassar!
ResponderEliminarinteressante repassar!
ResponderEliminarOlá Paula.
ResponderEliminarObrigada pela mensagem e pelo interesse.
Boa noite, Joana!
ResponderEliminarÉ a segunda vez que me deparo com o desenho da segunda mandala (a primeira vez foi num cartão de um escritório de advocacia, se não me engano) e gostaria de saber o que ela significa. Já logo que a vi na primeira vez fiquei apaixonada pelas cores e pelo desenho.