A Teosofia é um corpo de conhecimento que
sintetiza Filosofia, Religião e Ciência.
Embora essa afirmação não seja reconhecida universalmente, mas apenas por
simpatizantes do ocultismo, pois creem que tanto hoje como na antiguidade, a
Teosofia se constitui na sabedoria universal e eterna presente nas grandes
religiões, filosofias e nas principais ciências da humanidade, e pode ser
encontrada na raiz ou origem, em maior ou menor grau, dos diversos sistemas de
crenças ao longo da história.
A teosofia foi apresentada ao mundo moderno por Helena
Blavatsky, no final do século
XIX, e desde então vem sendo divulgada por teosofistas em diversos países .
Com seu caráter interdisciplinar, a teosofia proporciona uma ponte entre as
diversas culturas e tradições religiosas. Segundo Blavatsky, “Teosofia é
conhecimento divino ou ciência divina.”
(…)
A Teosofia, segundo Blavatsky, é "o substrato e a
base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns
poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do
ponto de vista prático, é puramente ética divina".
Para os teosofistas, este corpus de conhecimento,
a Sabedoria Divina, com a ética a ele associada, é tão antigo quanto o mundo, e a
rigor é o único conhecimento que vale a pena ser adquirido.
(…)
Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a
origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta
uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade
essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da
estrutura do cosmo e
do homem e descreve os mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas
transformações ao longo dos anos.
Apesar de recomendar o esforço próprio em busca do
crescimento pessoal e uma vigilância incessante contra o auto-engano e a fé
cega, ainda assim defende a Revelação,
uma vez que declara a existência de mundos e estados de consciência
presentemente inacessíveis à pessoa comum. Mas diz que todos seremos capazes de
atingí-los um dia, se não nesta vida, numa vindoura. Defende com isso, também
a evolução da vida e do Homem, e a existência de Homens
Perfeitos, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria. Estes Mestres, uma vez homens
imperfeitos como nós, evoluíram para um estágio super-humano, de onde ora velam
pela raça humana dando-lhe ensinamento, diretamente ou através dos mensageiros
os Profetas e Santos de todas
as religiões, e auxílios inúmeráveis como agentes da Providência e
da Justiça Divinas, e mesmo
aparecendo visivelmente entre os irmãos menos evoluídos, quando os tempos o
exigem, para dar-lhes conforto, direção e inspiração, e reacender nos corações
um amor mais intenso pelo divino.
A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O
conhecimento, segundo prega, é ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja
além do alcance de qualquer ser individual, é em vasta medida acessível a todos
através de um longo processo de evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que
necessariamente exige múltiplas encarnações, e continua até mesmo para regiões
e idades onde a encarnação deixa de ser compulsória e a vida progride de
beatitude em
beatitude. A Teosofia é uma doutrina essencialmente otimista,
pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo, ainda que declare
que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou mais
desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um
destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas
espirituais, a Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo,
e promove a cessação da pobreza, da ignorância, da opressão, das discórdias e
desigualdades.
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