Raja Yoga


Há uns tempos atrás escrevi sobre os 6 ramos do Yoga onde abordei o Raja Yoga com a seguinte descrição:

"Abordagem que tem como foco a meditação e a contemplação, o Raja Yoga pretende desenvolver a mente através de 8 etapas (falarei delas num próximo post) e tem como fim último a iluminação.
A meditação é tanto externa, como interna e também transcendental e proporciona ao seu praticante bem estar físico e mental, força de carácter e, em último caso, permite ainda o despertar dos poderes divinos do ser e a sua aproximação aos seres de luz (sim, torna mais fácil a comunicação com o guia espiritual)."

pantajali
Mas, de forma ainda mais abrangente, acrescento que o Raja Yoga é um poderoso instrumento de evolução espiritual na medida em que nos ensina a alcançar a nossa verdade interior, libertando-nos ainda dos transtornos da vida moderna e materialista, de stress, depressão e frustração.

Raja significa real. Assim, o Raja Yoga é o Yoga que nos permite ser reis ou mestres de nós mesmos, da nossa mente. É associado normalmente a Patanjali, um yogi que viveu provavelmente pelos séc II ou III a.C., que terá desenvolvido o Raja Yoga como forma de se libertar a ele mesmo do apego ao mundo material, que julgava estar a impedi-lo de alcançar a verdadeira transcendência e pureza da mente.







Hoje então estou aqui para falar sobre essas 8 etapas de desenvolvimento.
São elas:

1 - Yama, ou o ato-controle por meio da conduta moral.

2 - Niyama, ou mudança de hábitos e comportamentos.

Estas duas primeiras etapas podem definir-se como a ética do Yoga.

3 - Asana, ou postura.

4 - Pranayama, ou respiração.

Estas duas etapas são comuns a qualquer dos ramos do Yoga, ainda que com abordagens distintas. Consistem na preparação física para a meditação.

5 - Pratyahara, ou a abstracção dos sentidos.

6 - Dharana, ou a concentração da mente no objecto de meditação.

Estas são as etapas da preparação da mente.

7 - Dhyana, ou meditação.

8 - Samadhi, ou o estado de consciência tranquila.


om yoga


Mas em que consiste ao certo cada uma destas etapas? Vejamos:

- Yama

Existem dez yamas codificados no yoga tradicional, mas que se podem resumir em não agredir ou enganar os outros de forma alguma, ser comedido nas suas acções e agir cm rectidão. O Yama trata, portanto, da nossa relação com o mundo exterior.


- Niyama

São os comportamento a colocar em prática na observâncias das regras Yama mas viradas para o nosso interior. Trata-se, então, do auto-conhecimento, que poderá levar ao auto-aperfeiçoamento.

Com estas duas etapas o ser desenvolve harmonia consigo e com os outros, desenvolve virtudes e aprende a colocar-se da melhor forma no mundo.

- Asana

No contexto da Raja Yoga não se pretende o exercício de diversas asanas, mas apenas o adoptar de uma postura estável e erecta que permita o trabalho da meditação.

- Pranayama

Consiste em técnicas de controle da respiração de forme a torná-la uniforme e permitir que a mente entre num estado sereno, que permita depois a contemplação.

- Pratyahara

Também conhecido como Ashtanga Yoga, podemos dizer que se trata do Yoga da consciência. Ao prepara-se com os quatro passos anteriores, mas sobretudo com a postura e a respiração, o yogi ganha controle sobre a sua energia vital. Controlando primeiramente a sua acção acaba por conseguir controlar a percepção sensorial, da qual se abstém, logo deixa de estar sujeita a influências externas.

- Dharana

samadhi
Esta prática é normalmente direccionada para um único ponto específico. Essa concentração é essencial para conseguir o objectivo do Pratyahara, na medida em que ajuda a mente a abstrair-se de tudo o mais.

Estas quatro etapas definem a forma de prepara todo o nosso ser para o estado meditativo propriamente dito.

- Dhyana

É a meditação em si mesma. É uma meditação consciente, mas onde se pretende abandonar a concentração no tal objecto de meditação. Ou seja, a capacidade de se abstrair mesmo de tudo, sem qualquer apoio de forma a finalmente atingir o

- Samadhi

Este ponto ser descrito como o estado de comunhão com o Universo ou o todo. Quando deixa de haver eu cá dentro e o mundo lá fora, quando passamos a estar em perfeita sintonia com tudo o que existe. É um dos estágios da iluminação.

Com estas duas etapas visamos estar mais próximos da verdadeira espiritualidade. Prontos para tentar?




Minimalismo

Pode parecer estranho vir falar de um tema que aparentemente não tem nada que ver com espiritualidade. Mas será que não tem mesmo?


O que é o minimalismo e como é que este se pode relacionar com a nossa evolução espiritual?

O minimalismo é sobretudo conhecido como uma forma de expressão artística surgida no século XX e que tem por máxima "menos é mais". Consiste basicamente em simplificar. E essa forma de simplificar pode (e é já por muitos) ser adaptada a toda a forma de estar do ser humano.

minimalismo

O minimalismo como forma de viver a vida aparece sobretudo como oposição ao consumismo tão típico das culturas ocidentais. Mas, como a Fe bem explicou,

"ser minimalista, não significa viver em um apartamento pequeno com poucos móveis modernos e brancos e não ter televisão. Também não significa vender todas as roupas, o carro, pedir demissão do emprego, ir morar em alguma cidade com nome exótico no Sudeste Asiático e ter apenas uma mala.
Minimalismo é muito mais do que um estilo de vida. É uma ferramenta que pode ajudar a todos aqueles que estiverem dispostos a se livrar dos excessos em favor de se concentrar no que é importante para encontrar a felicidade, realização pessoal e, principalmente, liberdade."
E é aí que encontramos a proximidade entre o minimalismo e a evolução espiritual. O objectivo, no fundo, é o mesmo - felicidade, realização pessoal e liberdade.

Muitas vezes não nos apercebemos que a forma de vida materialista do ocidente é um dos entraves à nossa evolução. Apenas porque nos deixamos dominar por ela.
Damos mais importância a conseguir acumular os melhores bens materiais do que ao nosso crescimento interior. Por isso acontece tão frequentemente pessoas que conseguem ter tudo chegarem a um ponto em que sentem um enorme vazio. Porque no fundo, esse tudo que julgam ter não representa nada.

Já o budismo nos aconselha o desapego, fundamentando-se no facto de o não conseguirmos ou perdermos aquilo a que nos apegamos nos causar infelicidade. Mas não precisamos sequer ser tão extremos assim. Não precisamos de nos desapegar de tudo e de todos.
Em todo o caso, adoptar o minimalismo na sua vida, ainda que de uma forma bem mais moderada, poderá trazer grande benefício espiritual.

Que tal experimentar?



3 formas de evoluir espiritualmente

Já falei da importância de praticar a evolução e enumerei algumas formas simples de praticar a espiritualidade. Mas verifico que algumas pessoas parecem ter dificuldade em saber que caminho seguir, pelo que volto a debruçar-me sobre o tema trazendo agora as 3 formas essenciais de praticar a evolução comuns a qualquer credo ou religião:

1 - Eduque-se

Porque nada se consegue sem conhecimento, sugiro que comece por conhecer bem o tema. Leia, converse sobre o assunto, assista a palestras ou programas de tv que abordem o assunto. Conheça o universo espiritual, os vários caminhos possíveis e escolha o seu.

O simples conhecimento pode levar à evolução, pois mesmo sem que você se aperceba muito pode mudar dentro de si durante o processo de aprendizagem.


2 - Conheça-se e melhore-se

Todos nós temos virtudes e defeitos. Nem todos, contudo, têm bem a noção de quem ou como são.

Auto-reflicta. É importante conhecer-se a si mesmo. E depois desse exercício esforce-se por cultivar a virtude e mudar os seus defeitos. Trabalhe-os e faça o possível por transformá-los em qualidades.
evolução espiritual
As qualidades e as virtudes que lhe são inerentes geram energia positiva. E, como já falámos, ao emitirmos positividade atraímos mais positividade para nós mesmos. Portanto, faça terapia, se tiver que ser (sim, não há mal nenhum nisso, maior parte de nós só tem a beneficiar com isso), procure despertar a sua consciência, e evolua. Só lhe trará coisas boas!


3 - Pratique

Se o conhecimento é essencial, melhor ainda é colocá-lo em prática. A forma efectiva de evolução.E claro que falamos de práticas espirituais.

Podem ser oraçõesmeditações, mantras, visualizações, yogareiki, enfim, a lista seria imensa... Mas seja qual for a sua escolha, importante é mesmo que a prática seja feita com vontade, com intenção.

Não vale a pena fazer só por fazer, fazer enquanto pensa se não era mais agradável estar na esplanada com os amigos. A prática só leva à evolução quando feita de coração.



Esta é a base sobre qual todos nós devemos trabalhar. Tudo o que vem depois disto é uma escolha pessoal.
Os caminhos são vários e ninguém é melhor do que você mesmo para descobrir qual o melhor para si.

Mude de caminho, se tiver que mudar. Isso não é regredir. Pelo contrário, a vontade de mudança é natural durante a evolução.
Não quer dizer que de um dia para o outro abandone tudo aquilo em que acredita para começar um caminho completamente diferente, mas se chegar à conclusão que a meditação já não é suficiente e precisa de algo mais, complemente-a!
Inicie uma nova actividade, se quiser. Só não perca a vontade de evoluir...






Recomendações para Banhos de Ervas

Se fácil é encontrar "receitas" de banhos de ervas para vários problemas espirituais, não tão fácil é encontrar a forma adequada de o fazer. E é sobre isso que escrevo hoje.

ervas
Informações Genéricas

O banho de ervas pode ser feito independentemente de outros tratamentos que possa estar a fazer. É inócuo, portanto não há impedimentos de idade, género, etc.

É desnecessário reservar um horário específico para este tipo de banho. Porém é recomendável que o faça por pelo menos três dias seguidos para que o resultado seja total.

As ervas usadas para cada banho não devem ser reaproveitadas por terem já perdido as propriedades. Para cada banho deve ser feito um novo preparo.

Caso falte alguma erva não a substitua por outra parecida. As propriedades serão diferentes, logo o resultado também o será. É importante que os ingredientes sejam exactamente os que lhe foram indicados.

Se puder use água mineral na preparação. E lembre-se de dar um intervalo mínimo de 7 dias entre diferentes banhos.


banho de erva
Preparação

O modo de preparação é usualmente o mesmo independentemente das ervas a utilizar.

A água deve ser aquecida até começar a borbulhar, mas nunca no microondas.
Nesse momento desliga-se o fogão e colocam-se as ervas.

Deve então ser feita uma oração. Sendo pessoal faça-a em agradecimento mas também no sentido daquilo que pretende com o banho. Poderá acontecer que lhe seja indicada uma oração específica, o que não quer dizer que não possa fazer uma pequena introdução de sua autoria.

Cerca de 3 minutos é o suficiente para que o banho esteja preparado.
Se pretender coe a mistura antes de a usar.

banho de ervas

Utilização

O banho de ervas deve seguir-se ao seu banho normal ou intercalar-se com este.

Despeje-o do pescoço para baixo, preferencialmente, pois algumas misturas podem ser nocivas às nossas energias se usadas sobre a cabeça.

Fique pelo menos um minuto sem se enxaguar nem secar. Sinta os efeitos do banho...

Após esse tempo pode optar por se secar e vestir ou por retomar o seu banho normal.